A falta de ar é um sintoma comum a várias doenças graves, geralmente envolvendo problemas pulmonares (asma, bronquite) ou cardíacos (é um dos sintomas do infarto, por exemplo). É fundamental que, ao primeiro sinal de uma falta de ar sem explicação, o paciente fique atento e, caso a sensação não passe, se agrave ou volte a se apresentar, procure ajuda médica.
O que é dispneia?
“Dispneia é um termo técnico que significa dificuldade de respirar, ou de modo simplista, a falta de ar ”, esclarece o pneumologista Dr. Carlos Felipe Figueira Nogueira. Dessa forma Dispneia não é doença e sim um sintoma de diversas doenças diferentes. Apesar do nome parecer, a dispnéia não é uma doença específica.
A dispneia pode ser caracterizada levando em conta o tempo de aparecimento e duração. Quando surge repentinamente e não se estende por muitos dias é considerada aguda. Já em casos de duração prolongada, chegando a ser presente por mais de 1 mês, é considerada crônica. Além disso, ela pode ser dividida em 4 tipos.
Tipos de Dispneia:
- Dispneia de esforço: aparece durante ou após a prática de atividades físicas ou após práticas cotidianas que antes eram desenvolvidas sem dificuldade;
- Dispneia de decúbito: é percebida logo quando o indivíduo se deita;
- Dispneia paroxística: diferente da dispneia de decúbito que surge logo quando o paciente se deita, ela é sentida durante o sono fazendo com que o indivíduo acorde com a falta de ar. Em alguns casos, pode vir acompanhada de tosse.
Principais sintomas da Dispneia
Os sintomas estão relacionados principalmente a falta de ar, podendo gerar:
- Sensação de sufocamento;
- Palpitações;
- Tosse;
- Dificuldade de respirar de forma normal ou fundo;
- Ânsia;
- Consternação mental;
- Sensação de cansaço.
Principais causas da Dispnéia
Ela é, no geral, causada por algum dos seguintes fatores:
- redução de oxigênio no ambiente;
- diminuição da difusão de oxigênio das vias áreas para o sangue;
- alteração na capacidade sanguínea de transporte de oxigênio;
- redução de circulação sanguínea;
- e obstrução das vias aéreas.
Doenças respiratórias que causam dispnéia
A dispnéia é um dos sintomas mais comuns em doenças respiratórias, seja pela inflamação dos brônquios (bronquite crônica) ou até mesmo por obstruções mucosas das vias nasais.
Além das doenças respiratórias, a dispneia pode estar relacionada a outras causas, como:
- Engasgos (obstruções das vias);
- Estresse e Ansiedade ;
- Mudanças bruscas de temperatura;
- Mudanças de altitude;
- Obesidade;
- Anemia;
- Enfarte;
- Sedentarismo;
- Lesões que interfiram nas vias respiratórias ou próximas a elas, como nas costelas;
- Gravidez;
Como tratar a dispnéia
O tratamento da dificuldade para respirar é feito com base na causa principal, ou seja, será particular para cada paciente. Por isso, é importante realizar exames e seguir as orientações de um especialista. Em geral, faz parte do tratamento:
- Prática de exercícios físicos: como citamos, a falta de ar pode estar relacionada a ansiedade, obesidade e sedentarismo, por isso, a prática de atividades físicas pode ser uma aliada se o sintoma estiver relacionado a essas causas;
- Uso de medicamentos: o uso do medicamento correto está relacionado a causa raiz da falta de ar, podendo ser desde relaxantes musculares até calmantes e análgésicos;
- Oxigenoterapia: suprimento da falta de oxigênio com auxílio de dispositivos externos. Em geral é um dos tratamentos administrados em casos de asma e pneumonia.
- Fisioterapia respiratória: consiste na realização de exercícios, técnicas e manobras que induzem o aumento da capacidade pulmonar, potencializando a distribuição do oxigênio para o corpo. Pode ser indicado em casos de asma, tuberculose, bronquite, entre outras.
Para quem sofre com problemas crônicos, é fundamental ter atenção na limpeza de casa, para não deixar acumular poeira.
Uma série de objetos cotidianos podem ser vilões para quem enfrenta doenças como a bronquite, por exemplo. “Colchão, travesseiro e outras roupas de cama armazenadas por muito tempo, cortinas que acumulam poeira, brinquedos de pelúcia, carpetes e tapete, infiltração com mofo”, lista o pneumologista.
Vale a pena relembrar: Caso você esteja sentindo falta de ar, especialmente sem razão aparente (como a prática de alguma atividade física), e com frequência, procure um médico, que vai poder identificar o problema e recomendar um tratamento. É importante ressaltar que a falta de ar, dependendo da causa, tem cura.