Os brônquios são estruturas que fazem parte do sistema respiratório e que permitem a passagem de ar do nariz em direção aos pulmões. Existem vários problemas de saúde que podem afetá-los, mas a bronquite é um dos mais comuns, que pode ser dividida em casos agudos ou crônicos. O pneumologista José Eduardo Martinelli explica as diferenças entre as duas formas.
Bronquite aguda tem menor duração que a crônica
“A bronquite aguda viral é um processo inflamatório do interior dos brônquios, provocando a hipersecreção que leva a uma respiração ruidosa, tosse e expectoração de muco”, afirma o médico. Na maior parte dos casos agudos, os sintomas duram de 7 a 10 dias e a doença surge acompanhada de uma infecção respiratória.
Apesar de ter sintomas semelhantes, a bronquite crônica é um pouco diferente. “A bronquite crônica compromete pessoas a partir dos 45 anos e, normalmente, o processo inflamatório é desencadeado pela fumaça do cigarro e por poluentes ambientais”, explica o especialista. Os quadros crônicos, que duram meses ou até anos, fazem parte de um conjunto de problemas respiratórios chamados de DPOC, doença pulmonar obstrutiva crônica.
O mau funcionamento dos brônquios, especialmente nos casos de bronquite crônica, gera insuficiência respiratória porque dificultam a chegada do ar na região das trocas gasosas. “Dependendo da intensidade das alterações, essa insuficiência se cronifica e causa um prejuízo para o organismo como um todo, provocando perda importante da qualidade de vida“, alerta Dr. Martinelli.
Como é feito o tratamento da bronquite?
O tratamento da bronquite aguda tem foco no combate aos sintomas: o médico poderá receitar medicamentos para abaixar a febre e aliviar a tosse e a falta de ar, além de indicar a ingestão de muito líquido. Já a forma mais eficaz de se ver livre da bronquite crônica é colocar um fim no hábito de fumar. Também podem ser prescritos remédios para diminuir a inflamação dos brônquios e, assim, amenizar a falta de ar.
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