O zinco é um nutriente que tem diversas funções no organismo, destacando-se na participação da síntese e degradação dos carboidratos, lipídios e proteínas, na defesa contra agentes antioxidantes, na recuperação de uma diarreia e na manutenção do crescimento do corpo. Mas, um de seus trabalhos mais importantes é garantir que a imunidade do organismo esteja sempre em pleno funcionamento.
Falta de zinco afeta número de células de defesa do corpo
“No sistema imunológico, o zinco desempenha um papel fundamental pelo fato das células do sistema apresentarem altas taxas de proliferação e este mineral está envolvido na replicação do DNA”, afirma a nutróloga Paula Whyte. A falta de zinco está relacionada à atrofia do timo e de outros órgãos, além da linfocitopenia, que é a queda considerável da quantidade de células de defesa encontradas no sangue.
O desequilíbrio do número das células de defesa, chamadas de glóbulos brancos, altera a regulação do sistema imunológico, afetando sua capacidade de resposta diante da invasão de vírus, bactérias e outros microrganismos. Como consequência, o corpo fica mais vulnerável a gripes, resfriados e infecções alimentares e o processo de cicatrização tende a demorar mais.
Crianças e idosos são mais vulneráveis aos efeitos da falta de zinco
Segundo a especialista, a deficiência de zinco atinge pelo menos 25% da população mundial em risco, principalmente nos países em desenvolvimento. “Crianças, mulheres jovens, idosos e indivíduos em dieta restritiva são caracterizados como subgrupos de risco de ingestão diária insuficiente, podendo desenvolver uma deficiência”, diz a profissional. Os sintomas observados nestas pessoas variam de lesões de pele, anorexia e queda de cabelo ao retardo do crescimento.
Para garantir a quantidade necessária de zinco, é importante manter uma dieta equilibrada. “Os produtos animais são geralmente as fontes mais importantes de zinco, em termos de conteúdo e biodisponibilidade, mas há outras fontes, como o gérmen de trigo, grãos integrais, aveia, castanhas, nozes, amêndoas, queijo, leite e feijão”, cita Paula. Nos casos de deficiência de zinco ou nos grupos de risco, a suplementação pode ser indicada e acompanhada por um médico.
Dra. Paula Paixão de Madrid Whyte é nutróloga, especializada em Clínica Médica e é integrante do Núcleo de Nutrologia da Clínica Bruno Vargas, em Belo Horizonte (MG). CRM-MG: 49673.
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