A osteoartrite é uma doença que provoca a degradação da cartilagem que reveste as articulações do corpo. O problema causa dor, inflamação e rigidez no local afetado e, em casos mais graves, provoca deformações ósseas, capazes de reduzir gravemente a mobilidade do paciente. A osteoartrite é dividida em dois tipos: primária e secundária, dependendo da sua origem.
Osteoartrite secundária é causada por doenças como osteoporose, artrite reumatoide e diabetes
A osteoartrite primária (também conhecida como idiopática) é aquela sem causa conhecida, mas geralmente associada a alguns fatores de risco, como idade avançada, obesidade, esforços repetitivos e até mesmo a prática de alguns esportes de alto impacto. Já a secundária tem causas conhecidas, que podem ser “fatores mecânicos, genéticos, hormonais, ósseos e metabólicos”, segundo o geriatra Ricardo Komatsu.
Muitas das causas da osteoartrite secundária são doenças e condições associadas à desorganização da estrutura dos ossos ou alterações do alinhamento da articulação. “Doença de Paget, osteoporose, traumas, necroses assépticas, displasia congênita do quadril, deslizamento da epífise da cabeça femoral e alterações da cabeça femoral e das relações da colo femoral” são exemplos citados pelo médico.
Entre as doenças e condições que causam osteoartrite secundária, existem ainda aquelas associadas diretamente à estrutura da cartilagem, como gota, diabetes, acromegalia, hemofilia, ocronose, condrodisplasias, artrite reumatoide, doença de Wilson, doença de Charcot, doença de Kashin-Beck e trauma agudo com ou sem fratura.
Remédios ajudam a aliviar sintomas da osteoartrite secundária
Ao notar os sintomas da osteoartrite, é importante procurar tratamento médico. “O passo inicial para o tratamento é o reconhecimento dos fatores desencadeantes e agravantes presentes, objetivando o alívio dos sintomas, a recuperação funcional, o retardo ou bloqueio da evolução da doença e a regeneração dos tecidos lesados”, diz Komatsu.
De acordo com o médico, o tratamento passa por opções farmacológicas, como remédios de curta duração, de ação lenta e medicação intra-articular, mas também por medidas não farmacológicas, dependendo do diagnóstico. O geriatra recomenda educação e apoio psicológico, exercícios físicos e repouso, instruções relacionadas a atividades da vida diária e ocupacionais, proteção articular, combate à obesidade, dieta, uso de órteses e reabilitação.
Foto: Shutterstock