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Dr. Ricardo Komatsu

Geriatria

Biografia

Com mais de 30 anos de experiência, Dr. Ricardo Komatsu é formado pela Faculdade de Medicina de Marília (FAMEMA), onde é professor e chefe da disciplina de Geriatria e Gerontologia desde 1990. Fez residência médica em Clínica Médica no Hospital das Clínicas da FAMEMA, estágio no Serviço de Geriatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP), especialização em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde pelo Programa de Estudos Avançados em Administração Hospitalar e de Sistemas de Saúde (PROAHSA) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FVG), mestrado em Epidemiologia Clínica pela Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/Unifesp), e doutorado em Educação pela Faculdade de Filosofia e Ciências da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (FFC/UNESP). É membro da Associação Europeia de Medicina do Envelhecimento (EAMA), onde concluiu o curso avançado de pós-graduação em Geriatria e Gerontologia Médica da EAMA em 2004, da Alzheimer’s Association International Society to Advance Alzheimer’s Research and Treatment (ISTAART), da Sociedade Brasileira de Diabetes, e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia do Estado de São Paulo (SBGG/SP).

Artigos

De que forma a reabsorção óssea é problemática para pacientes com osteoporose?

A reabsorção óssea é parte do processo natural de remodelação dos ossos. Este é composto tanto pela reabsorção (dissolução da estrutura óssea), quanto pela formação óssea. No caso dos pacientes com osteoporose, a reabsorção acaba se tornando um problema, pois contribui para a fragilização dos ossos.   “A reabsorção óssea é problemática nos pacientes com osteoporose, pois nestes o processo se dá de forma mais acelerada. Isso resulta em uma maior perda óssea média ao ano”, explica o geriatra Ricardo Komatsu. Nestes pacientes, portanto, se faz presente uma discrepância, já que a reabsorção é maior do que a formação óssea.   Importância da reabsorção óssea É importante, contudo, destacar a importância da reabsorção óssea, já que ela trabalha em benefício da saúde dos ossos assim como ocorre na formação óssea. O desgaste dos ossos é necessário, seja para ajudá-los a se modificar e adaptar ao corpo durante seu crescimento e mudanças constantes, ou para renovar trechos danificados (como microfraturas, por exemplo).  Prevenção contra osteoporose Para evitar que a reabsorção óssea seja maior do que a formação óssea, deve-se adotar medidas preventivas contra a osteoporose. Evitar os principais fatores de risco é o passo número um. Portanto, cessar o tabagismo, não consumir bebida alcoólica em excesso, não deixar de iniciar o tratamento da menopausa o quanto antes (no caso das mulheres) e não deixar de obter nutrientes importantes para a saúde dos ossos (cálcio e vitamina D, principalmente), são medidas necessárias.   “Dieta saudável, atividade física e controle dos riscos à saúde podem contribuir para a prevenção da osteoporose”, afirma Komatsu. O tratamento medicamentoso também é muito importante nos casos de osteoporose, pois promove a desaceleração do processo de perda de massa óssea. Por último, vale adotar certos cuidados para evitar quedas e eventuais fraturas, as quais pioram o quadro.  Foto: Shutterstock

Qual é o papel das vitaminas C e D para a saúde das articulações?

Manter a saúde das articulações e de todo o sistema musculoesquelético é fundamental para garantir uma boa qualidade de vida. Para isso, é necessário praticar exercícios físicos regularmente, manter um peso adequado e adotar uma alimentação rica nas vitaminas C e D. Esses dois nutrientes exercem papéis muito importantes. Função das vitaminas C e D na saúde das articulações A vitamina C facilita a produção de uma substância que está presente na composição das cartilagens, que protegem as articulações, além dos ossos e tendões. “A vitamina C auxilia numa etapa importante da formação do colágeno, permitindo que suas fibras adquiram estabilidade e resistência“, afirma o geriatra Ricardo Komatsu. “A vitamina D é importante para as articulações por possuir funções imunomoduladoras e por ser essencial no metabolismo do cálcio, na sua absorção intestinal”, diz o médico. O cálcio é um dos principais componentes de todas as estruturas ósseas, incluindo as articulações, mas para ser aproveitado corretamente, o corpo precisa de boas quantidades de vitamina D. A importância das vitaminas C e D A falta desses nutrientes pode prejudicar as articulações e até mesmo provocar o desenvolvimento de alguns problemas de saúde, como dor articular, fraqueza muscular, osteoporose e osteoartrite. “A deficiência de vitamina C pode causar o escorbuto, enquanto a deficiência de vitamina D causa raquitismo em crianças e osteomalacia em adultos e idosos”, alerta o profissional. Para a prevenção das doenças, a alimentação é a sua melhor aliada. Limão, laranja, manga, rúcula, acerola e tomate são ricos em vitamina C, enquanto a vitamina D é encontrada na gema do ovo, atum, salmão, sardinha, leite e derivados e vegetais verde-escuros. No entanto, a maior parte da vitamina D de que o corpo precisa vem da exposição à luz solar. Se não for possível obter níveis adequados por meio da dieta e, no caso da vitamina D, também por meio da adequada exposição solar, a suplementação pode ser indicada por um médico.   Foto: Shutterstock

Quais são as consequências do abandono do tratamento de Alzheimer? A doença pode acelerar a progressão?

Cuidar de um paciente com mal de Alzheimer não é fácil. Dependendo do estágio da doença, o idoso pode precisar de ajuda para tomar banho, trocar de roupa e até para comer. Hoje, com o tratamento adequado, é possível viver bem e desacelerar a piora dos sintomas da doença. No entanto, suspender o uso ou trocar as medicações pode colocar todos os avanços em risco.   Interromper o tratamento do Alzheimer piora sintomas da doença   “O abandono do tratamento medicamentoso do Alzheimer só deve ocorrer sob recomendação médica, nos casos em que há comorbidades que contraindiquem o uso das medicações anticolinesterásicas”, afirma o geriatra Ricardo Komatsu. Se você ou o idoso não estiverem de acordo ou estejam enfrentando dificuldades com algum aspecto do tratamento, é essencial conversar com o geriatra antes de tomar qualquer decisão. “Abdicar dos medicamentos sem que haja recomendação pode não só acelerar a progressão da doença como também acarretar em grandes prejuízos à qualidade de vida do paciente no longo prazo, uma vez que o tempo em que ele estará apto a exercer suas atividades e a interagir com os demais pode ser consideravelmente reduzido”, diz o profissional.   Medicação indicada para Alzheimer ajuda a melhorar a memória recente   De acordo com o geriatra e pneumologista José Eduardo Martinelli, a prescrição dos medicamentos de ação anticolinesterásica tem como objetivo melhorar a memória e algumas alterações no comportamento do seu familiar com Alzheimer. “O mecanismo pelo qual isso ocorre leva a um aporte maior da acetilcolina na fenda sináptica, provocando uma melhora na memória recente”, explica o especialista. Martinelli diz que, antes de ter esse medicamento à disposição, a expectativa de vida do idoso diagnosticado com mal de Alzheimer era de apenas cinco anos. Já com o uso, o prognóstico melhorou consideravelmente, em especial, se outras medidas forem adotadas, como atividades cognitivas, alimentação saudável, controle de outras doenças e convívio com a família.       Foto: Shutterstock

Qual é o papel das vitaminas C e D na saúde das articulações?

A alimentação exerce uma importância fundamental para a saúde do corpo humano. É principalmente por meio dos alimentos ingeridos que o organismo consegue os mais diversos nutrientes de que precisa para exercer suas funções. Nas articulações, estruturas que unem um osso ao outro, isso não é diferente. Para elas, entre os nutrientes mais importantes, a vitamina C e a vitamina D merecem destaque. Veja como elas ajudam a manter a saúde das articulações.  Entenda a relação entre a vitamina C e o colágeno “A vitamina C auxilia numa etapa importante da formação e da estabilização do colágeno. Ela permite que as fibras do colágeno adquiram estabilidade e resistência, características essenciais que devem apresentar, principalmente nas articulações, nos tendões e ligamentos, onde essa proteína se encontra em maior quantidade”, afirma o reumatologista João Rodrigues.  O colágeno é a proteína mais abundante do corpo, sendo fundamental para a saúde das articulações. É graças à sua presença na cartilagem articular que os ossos conseguem se movimentar sem provocar dor. Nos casos de deficiência de colágeno, a cartilagem é pouco a pouco destruída e simples movimentos, como esticar e dobrar os joelhos, se tornam mais difíceis e dolorosos de realizar. Vitamina D ajuda a preservar a saúde das articulações “A vitamina D é importante para as articulações por possuir funções imunomoduladoras e por ser essencial no metabolismo do cálcio, na sua absorção intestinal”, explica o geriatra Ricardo Komatsu. Isso significa, por exemplo, que este nutriente é importante nos quadros de artrite reumatoide e lúpus. “A deficiência de vitamina D causa raquitismo em crianças e osteomalacia em adultos e idosos”, completa o médico.  Por causa da importância da vitamina C e da vitamina D, é fundamental manter uma alimentação rica nessas substâncias. Enquanto a primeira está presente na laranja, no limão, kiwi, caju, tomate e morango, a segunda é encontrada no leite e produtos derivados e em vegetais verde-escuros. Vale ressaltar, no entanto, que a maior quantia de vitamina D é adquirida por meio do contato da pele com a luz solar por 15 a 20 minutos diários.    Foto: Getty Images

Alzheimer é genético? Você deve se preocupar com o risco de desenvolver a doença?

O Alzheimer é uma doença influenciada, em parte, pela carga genética, o que significa que se você possui casos na família, pode ter um risco maior de desenvolvê-la. Contudo, não há como controlar esse fator, então a prevenção e tratamento devem ser feitos em cima dos fatores ambientais, que também influenciam no desenvolvimento e manifestação da doença. Alzheimer é hereditário: veja como esse fator influencia o quadro “Apesar da questão genética associada ao Alzheimer, é importante enfatizar que os exames genéticos são recomendados apenas no âmbito de pesquisa, já que não modificam o início ou curso da doença. Portanto, na prática clínica, o foco é o combate aos fatores de risco que podem ser modificados”, aponta o geriatra Ricardo Komatsu. O médico explica que o principal fator de risco genético para que você venha a desenvolver Alzheimer é a apolipoproteína E4 (APOE4). “Essa substância interfere com a remoção da proteína beta-amilóide (Aß) do cérebro e também é processada em fragmentos neurotóxicos, o que pode afetar várias gerações em uma mesma família”, afirma. Importância de combater os fatores de risco modificáveis do Alzheimer Conforme aponta o especialista, os principais fatores de risco modificáveis da doença de Alzheimer são: hipertensão arterial, diabetes, obesidade, sedentarismo e inatividade intelectual, depressão, tabagismo, baixa escolaridade, e alimentação quantitativa e qualitativamente insatisfatória. “De acordo com o estudo de Rotterdam, a eliminação desses fatores de risco levaria à uma redução de 30% na incidência de demência”. Para obter isso,  é importante que você adote hábitos de vida saudáveis. Quanto mais cedo isso for iniciado, melhor. Prática regular de exercícios físicos, dieta balanceada, se manter socialmente e intelectualmente ativo e ter o sono bem regulado são algumas medidas importantes nesse sentido.     Foto: Pixabay

Longevidade: sobre vida longa e com qualidade

Não existe uma fórmula mágica para ter uma vida longa e com qualidade em todas as suas fases. Porém, alguns fatores aumentam as chances de se obter isso. Não se trata apenas de manter hábitos saudáveis, de respeitar e cuidar diariamente do corpo e da mente, por mais que isso tudo seja essencial. A qualidade dos relacionamentos mantidos ao longo da jornada também é crucial nesse sentido.  Satisfação com relacionamentos pode beneficiar longevidade “Para ter uma vida longa, é necessário estabelecer uma atividade permanente, uma razão de viver, que una sua paixão, seu talento e sua ocupação. Enfim, que sua missão possa ser transformada em um bem para a comunidade local e global. Na cultura japonesa, esta razão de viver é chamada de ‘ikigai’”, informa o geriatra Ricardo Komatsu. Um estudo de Harvard feito com diversas pessoas durante décadas constatou que a entrega aos relacionamentos interpessoais e à comunidade, de forma mais ampla, e a satisfação gerada por isso influenciam muito positivamente para uma vida mais longa e feliz. Inclusive, o nível de satisfação com os relacionamentos é apontado como um medidor melhor do que as taxas de colesterol para saber como será a velhice de cada um.   Iniciar rotina de autocuidado cedo é fundamental Apesar de ser possível iniciar em qualquer faixa etária os cuidados para a promoção de uma boa qualidade de vida, os especialistas consideram ideal que isso seja posto em prática antes da manifestação de doenças. Ou, durante a juventude. Quanto mais cedo você começar esse processo de autocuidado, maiores as chances de ter uma vida longa, saudável e feliz, inclusive durante a velhice. “É importante ainda destacar que toda pessoa deve ter acompanhamento médico periódico, em todas as fases da vida. Desde o pré-natal, nascimento com a puericultura, na adolescência, vida adulta e durante o envelhecimento. Isso permite que seja possível retardar a progressão de doenças que comprometem a longevidade e integridade do organismo, por meio de mudanças no estilo de vida, e, quando necessário, uso de medicamentos”, acrescenta o médico. Foto: Shutterstock

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