A artrose e a artrite reumatoide são duas doenças que atacam a cartilagem que reveste as articulações do esqueleto humano e atingem, com maior frequência, pessoas a partir da meia-idade e da velhice. No entanto, os dois problemas apresentam inúmeras diferenças, que vão desde a forma de manifestação dos sintomas até o tratamento e a gravidade dos casos.
Entenda as duas doenças
De acordo com o ortopedista Eduardo Vieira, a artrite reumatoide é uma doença sistêmica e que leva à inflamação crônica da membrana sinovial, que reveste as articulações. “A doença provoca alterações e destruição da articulação, mas também pode se manifestar em outras áreas”, afirma o médico. É mais comum nas mulheres e acomete, principalmente, mãos, pés, punhos e joelhos.
Na maioria dos casos, ambos os lados do corpo são afetados pela doença. O problema se caracteriza pela rigidez matinal, que causa dor e dificuldades para se locomover durante aproximadamente 30 minutos após acordar. Para o ortopedista, a artrite reumatoide é mais grave e menos comum: “Trata-se de uma doença mais agressiva, com processo inflamatório de alto grau e com complicações mais graves, que são as deformidades articulares de evolução bem rápida.” Os pacientes com o problema costumam ficar bastante debilitados.
Já a osteoartrite é uma doença articular degenerativa, que destrói a cartilagem da articulação de maneira mais lenta. “Pode ser de causa primária, quando não tem uma explicação, mas também secundária, quando surge devido a algum problema que o paciente já tem, como a artrite reumatoide e outras doenças reumáticas”, explica Vieira. Apesar de ser mais comum, as alterações ósseas e as dores podem demorar anos para surgir.
Como são os tratamentos?
Segundo o profissional, como a artrite reumatoide é uma doença autoimune, o tratamento, geralmente, é feito para diminuir as dores e o processo inflamatório. Para isso, são utilizados medicamentos imunossupressores e tratamento fisioterápico.
Os pacientes com osteoartrite podem utilizar medicações condroprotetoras e outras que minimizem a dor. Já os corticoides, anti-inflamatórios não hormonais, o colágeno e a glicosamina, além da prática de atividades físicas, são indicados para ambos os problemas.
