A vitamina D é um nutriente conhecido por sua atuação na saúde osteomuscular, sendo responsável pelo bom funcionamento dos ossos e dentes, evitando problemas como a osteoporose e a osteopenia. Porém, a falta de vitamina D pode causar danos à saúde, que vão além dos ossos e músculos. A queda de cabelo é um deles? Qual é a relação entre queda de cabelo e falta de vitamina D? Para responder essas e outras questões, o Cuidados Pela Vida ouviu a nutricionista Andreia Soares da Silva e a dermatologista Christiane Jaccoud. Confira!
Queda de cabelo pode ser falta de vitamina D
A nutricionista Andreia Soares da Silva explica que a falta de vitamina D causa a queda de cabelo. “A vitamina D ajuda a estimular o crescimento dos folículos capilares. Assim, quando não há suficiente no seu organismo o cabelo pode ser afetado, causando queda e crescimento lento”, explica. A dermatologista Christiane Jaccoud complementa, dizendo que não são só os fios que são afetados com a falta de vitamina D: “Sabemos que a vitamina D tem influência direta na regulação dos níveis de cálcio e fósforo no corpo, promovendo a saúde capilar, da pele e das unhas. Quando deficiente, pode prejudicar o crescimento dos fios, deixando-os quebradiços e suscetíveis à queda, além de deixar as unhas fracas”.
Apesar de ser uma das causas, a dermatologista aponta que não é somente a deficiência de vitamina D que causa queda de cabelo: outras motivações devem ser investigadas. “Pode ocorrer por alterações do couro cabeludo, como inflamações tipo dermatites, foliculites, uso de medicamentos e deficiência de ferro e zinco, causas genéticas, como a alopecia androgenética, , como a alopecia areata, e por fatores externos, como uso de químicas ou tração (manter o cabelo preso)”, explica Christiane. “Outras causas são doenças agudas febris, como a dengue e a COVID-19. Somente um médico especializado conseguirá ajudar com um diagnóstico preciso e um tratamento bem adequado”, informa a médica.
A função da vitamina D no organismo: o que a sua ausência provoca?
De acordo com a nutricionista, o colecalciferol (outro nome da vitamina D) também é considerado um hormônio atualmente e está presente na musculatura, saúde óssea, crescimento e imunidade. “A vitamina D é um hormônio que regula a quantidade de cálcio e fósforo em nosso organismo, aumentando a absorção desses sais minerais no intestino. É responsável pela saúde de nossos ossos e tem um papel importante na força muscular”, explica. As principais fontes de vitamina D são a exposição solar, a alimentação e, nos casos necessários, a suplementação.
Caso o corpo não receba boas quantidades de vitamina D, os baixos níveis desse nutriente podem provocar riscos para a saúde. “Fraqueza, dores musculares e nas articulações, sonolência, perda óssea, causando osteoporose e fraturas, possível resistência à insulina, alteração no sono e mau humor”, são algumas das consequências citadas por Andreia.
Além disso, são destacadas algumas doenças desencadeadas pela deficiência de vitamina D no organismo. “A hipossuficiência da vitamina D pode causar vários sintomas, entre eles a fragilidade imunológica. Ficamos mais suscetíveis a doenças autoimunes, inclusive as que podem acometer a pele, como líquen, lúpus, dermatopolimiosite e esclerodermias. Na prática clínica, também notamos melhora em doenças inflamatórias da pele, como dermatite atópica, psoríase e dermatite seborreica, quando suplementamos a vitamina D”, esclarece a dermatologista.