A dermatite atópica é uma doença crônica e de causa genética. “Manifesta-se por meio de placas vermelhas, que coçam, descamam e às vezes, ficam úmidas ou com casca de ferida. Nos bebês, há predomínio na face e no lado extensor de braços e pernas e, nas crianças, nas dobras dos braços, pernas e pescoço”, explica a dermatologista Bianca Venturini. Com o tratamento certo, o problema pode ser controlado.
Como impedir a volta dos sintomas da dermatite atópica?
Para impedir o retorno dos sintomas, que incluem ainda cortes e áreas da pele se tornando mais espessas, é importante seguir o tratamento à risca. “A prevenção das crises deve ser iniciada tão logo se descubra a doença, com orientações específicas, uso de hidratantes restauradores da barreira cutânea e acompanhamento regular com um dermatologista”, recomenda a profissional.
A pele pode se tornar seca, sensível e irritável a qualquer estímulo externo. Poeira, sabão, calor, atrito, banhos quentes, variações de temperatura, cosméticos, transpiração e até o contato com determinados tecidos, como lã e roupas sintéticas, podem desencadear uma nova crise de dermatite atópica. Evitar esse contato é uma das principais maneiras de prevenir os sintomas, que podem também ser desencadeados por fatores psicológicos, como o estresse.
Tratamento da dermatite usa pomadas e medicamentos orais
Boa parte dos casos utiliza também medicações tópicas para tratar a dermatite, ou seja, cremes e pomadas aplicados diretamente na pele, além de antibióticos quando houver infecção bacteriana. Alguns pacientes podem necessitar de medicamentos orais, como imunossupressores, corticoides e os anti-histamínicos, que aliviam a coceira. É importante o controlar o impulso de coçar as feridas, já que isso pode permitir a entrada de bactérias na pele.
Segundo a especialista, a doença está relacionada à deficiência do fator de hidratação natural da pele que compõe o manto hidrolipídico, uma camada que ajuda a controlar a perda de água. O histórico familiar é um dos fatores de risco da dermatite atópica, que está frequentemente associada à asma e à rinite alérgica. É importante destacar que o problema não é contagioso.
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