A menopausa é um fenômeno com grande impacto no organismo de uma mulher. Além do fim da menstruação, o corpo passa por uma série de transformações hormonais, que tem impactos na saúde e até mesmo pode aumentar o risco de desenvolvimento de algumas doenças, como a osteoporose, que pode ser precipitada pela redução de estrogênio no corpo. “O estrogênio é o principal hormônio feminino e tem papel importante na fixação do cálcio nos ossos“, afirma o ginecologista e obstetra Edilson Ogeda.
Cálcio é fundamental para a saúde dos ossos
“Com o advento da menopausa, fase em que ocorre a falência dos ovários, a produção de estrogênio diminui significativamente. Isso pode ocasionar a perda de cálcio nos ossos”, alerta o especialista. Em mulheres predispostas, a falta de cálcio pode causar osteopenia, nos casos mais leves, ou até osteoporose, que fragiliza os ossos e leva a fraturas espontâneas.
O estrogênio funciona como um carregador de cálcio. Isso significa que o hormônio permite que o nutriente penetre no osso e contribua para a formação e manutenção da massa óssea. Nas mulheres que já passaram pela menopausa, aumentar o consumo de cálcio nem sempre é uma boa solução para a osteoporose, já que não há como aproveitá-lo.
Terapia hormonal pode ajudar a incrementar a massa óssea
Devido à sua ação no organismo feminino, é importante encontrar uma forma de driblar a falta de estrogênio no corpo, o que ajuda a tratar a osteoporose. “Quando não há contraindicação, as mulheres que desejarem podem realizar a terapia hormonal, que tem como objetivo, além de outros benefícios, auxiliar no incremento da massa óssea”, afirma o médico. Em casos de osteoporose já instalada, é importante que a mulher converse com o médico, que pode passar um tratamento medicamentoso adequado e específico para controlar a doença.
Já os homens tendem a sofrer menos com a osteoporose porque a função do estrogênio é exercida por outro hormônio. “O principal hormônio masculino é a testosterona, que faz muito bem o papel de promover a fixação do cálcio nos ossos”, diz Ogeda. A queda na produção de testosterona a partir da andropausa é menos intensa e, por isso, não influencia no desenvolvimento da osteoporose.
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