A osteoporose é uma doença que provoca a fragilidade dos ossos e atinge principalmente as mulheres depois da menopausa. O problema está ligado à queda na quantidade do hormônio estrogênio registrada nessa faixa etária. Mas, se os homens tem menos estrogênio que as mulheres, por que eles não sofrem tanto com a osteoporose?
A ação da testosterona nos ossos
Essa diferença ocorre por causa de dois fatores. O primeiro é a importância da testosterona na calcificação dos ossos nos homens, processo conduzido pelo estrogênio nas mulheres. É a testosterona o hormônio responsável por carregar o cálcio para dentro dos ossos, possibilitando a manutenção e a renovação da massa óssea.
O outro fator é a redução repentina na quantidade de estrogênio circulando pelo corpo feminino. “Por causa da menopausa, as mulheres têm um momento de decréscimo muito rápido na quantidade de hormônios e isso causa a perda de massa óssea de forma muito acentuada”, explica o ginecologista Jefferson Delfino. Nos homens, a diminuição da quantidade de testosterona não é tão marcante.
O uso da força ajuda os homens
“Outro elemento importante na preservação da massa óssea é o uso muscular que, no caso dos homens, é maior e mais intenso”, afirma o profissional. As mulheres podem se beneficiar desse mecanismo com o aumento da solicitação muscular seja pela prática esportiva ou outras que envolvam fortalecimento dos músculos.
Sendo um grupo mais suscetível à doença, as mulheres são também as que mais sofrem com as complicações da doença, como a ocorrência de fraturas e o achatamento das vértebras na coluna. “Um grande impacto na vida das mulheres com mais idade é a fratura da cabeça do fêmur. Ela pode tornar a vida muito mais limitada e até causar a morte”, alerta Delfino.