Embora pareçam ser feitos de tecido morto, os ossos estão em constante transformação, sendo moldados, destruídos e reconstruídos, conforme a necessidade do corpo. O processo de calcificação dos ossos, que faz parte dessas mudanças, é fundamental para a saúde do organismo. É graças a sua existência que o esqueleto se fortalece, tornando o corpo apto para realizar os diversos movimentos do dia a dia.
A importância do estrogênio para o esqueleto
Quem participa desse processo são os hormônios estrogênio, nas mulheres, e a testosterona, nos homens. O ginecologista Jefferson Delfino compara essas substâncias a outro hormônio, a insulina: “Os hormônios funcionam para o osso como a insulina para o diabético. O que falta para o diabético não é açúcar, mas quem pegue o açúcar e o coloque dentro da célula.”
De acordo com o médico, o mesmo se aplica para o estrogênio e a testosterona. Esses hormônios funcionam como os principais carregadores de cálcio para dentro dos ossos. Em alguns casos de osteoporose, doença caracterizada pela pouca quantidade de minerais nos ossos, o que está faltando para melhorar a saúde óssea não é o cálcio, mas a atuação do estrogênio.
Redução de estrogênio na menopausa
Esse é justamente o problema encontrado nas mulheres depois da menopausa. Nelas, a quantidade de estrogênio cai drasticamente, prejudicando a reposição de cálcio nos ossos. Como consequência, a densidade mineral do esqueleto é reduzida e ele se torna mais frágil e mais suscetível a ocorrência de fraturas.
Em algumas mulheres, a deficiência de cálcio nos ossos pode começar antes dos 40 anos devido à abreviação da vida dos ovários, responsáveis pela produção de estrogênio. “Alterações persistentes nos ciclos menstruais costumam ser o primeiro sintoma de mudanças da função ovariana. O acompanhamento médico facilita o diagnóstico precoce e a correção costuma ser a reposição hormonal”, afirma o ginecologista.