A hipervitaminose D é o nome que se dá ao excesso de vitamina D no organismo, problema que pode gerar sérios danos ao corpo humano. Essa situação pode ocorrer quando a reposição do nutriente, por meio da suplementação oral, é feita de forma equivocada, sem auxílio de um especialista ou sem respeitar as doses prescritas. A nutricionista Carla Cotta conversou conosco sobre esse problema. Saiba mais!
O que é hipervitaminose D?
A vitamina D é um nutriente essencial para o bom funcionamento do nosso organismo, principalmente quando falamos da saúde osteomuscular e da imunidade. Ela é produzida pelo corpo a partir de um processo que depende do contato com a luz do sol. Por isso, ela é frequentemente chamada de vitamina do sol. Ainda que em menor quantidade, também pode ser adquirida pela alimentação. Quando isso não acontece, pode ser necessário fazer a reposição de vitamina D por meio da suplementação oral. No entanto, essa suplementação em doses excessivas pode trazer consequências.
De acordo com Carla, o excesso de vitamina D é considerado a partir dos níveis na corrente sanguínea. “Quando a vitamina D ultrapassa valores entre 120 e 150 ng/mL, pode representar um quadro de hipercalcemia (aumento de cálcio circulante no sangue), o que pode causar arritmias cardíacas. Dessa forma, pessoas que possuem histórico prévio de doenças cardiovasculares ou arritmias merecem uma atenção especial”, explica a nutricionista.
Conheça os sintomas causados pelo excesso de vitamina D
Os primeiros sintomas de hipervitaminose D são náusea e vômitos, acompanhados de perda de apetite, fraqueza e até mesmo pressão alta. A especialista alerta que o excesso de vitamina D pode levar a complicações endócrinas e cardíacas sérias: “Com o excesso de vitamina D circulante na corrente sanguínea, pode-se ter falhas renais, arritmias e elevação de níveis de cálcio no sangue. A suplementação exagerada e sem orientação pode levar a uma absorção elevada de cálcio e fósforo sendo prejudicial para tecidos e artérias”.
Tratamento e quantidades adequadas da vitamina D
O ideal é que o nutriente seja suplementado da forma correta, em doses adequadas. Carla explica que isso irá depender da avaliação clínica e laboral do paciente, além de sua idade e condição. “O importante é analisar caso a caso e, antes de tudo, medir a substância por exames de sangue para, se for o caso, repor o que está em deficiência. Para adultos, doses de manutenção variam entre 400 e 2.000 UI/dia, a depender da exposição solar e da coloração da pele; para idosos, as doses recomendadas variam de 1.000 a 2.000 UI/dia ou 7.000 a 14.000 UI/semana, também de acordo com o grau de exposição ao sol e a cor da pele. Já para lactentes, crianças e adolescentes, recomenda-se a ingestão de pelo menos 400 UI/dia de vitamina D”, recomenda a nutricionista.
No que concerne ao tratamento da hipervitaminose D, o pronto-socorro deve ser procurado logo nos primeiros sintomas. Dependendo da análise clínica, algumas medidas terapêuticas são apontadas por Carla. “Dependendo dos níveis de hipervitaminose D, suspende-se o uso de vitamina D e, em muitos casos, poderá ser necessário intervenção médica com medicação intravenosa e correção da hipercalcemia”, finaliza a nutricionista.
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