O herpes-zóster, apesar do nome semelhante, é uma doença diferente do , com sintomas e vírus causador diferentes. Mas, será que o tratamento para herpes-zóster também é diferente? Quem esclarece essa dúvida é a dermatologista Cristiane Simões, que explica que é preciso, antes, entender as principais características dessa infecção.
“Herpes-zóster é uma doença infecciosa que acomete indivíduos que previamente tenham sido contaminados e tenham desenvolvido varicela (catapora) em alguma fase da vida. É causado pelo herpesvírus humano tipo 3 e surge por reativação deste. Suas lesões consistem em vesículas dispostas em trajeto linear, acometendo frequentemente o tronco, a face e membros, além de manifestar-se com dor neuropática de média a grande intensidade”, afirma a médica.
Antivirais e analgésicos são usados no tratamento para herpes-zóster
Segundo a profissional, o tratamento para herpes-zóster é feito com uma associação de medicamentos: “O tratamento precisa abordar o controle de carga viral com uso de drogas antivirais, analgésicos de potência compatível à queixa de dor referida pelo paciente, além de associações vitamínicas indicadas pelo seu dermatologista”.
Além do uso de analgésicos para tratar a dor, que é frequentemente intensa, segundo Dra. Cristiane, o tratamento para herpes-zóster também pode envolver o uso de radiofrequência pulsada e toxina botulínica (botox) para aliviar o paciente desse sintoma.
Tratamento do herpes-zóster é diferente do herpes simples?
“Apesar de serem doenças virais de nomes parecidos, são causadas por microrganismos diferentes, o que nos leva à necessidade de abordagem terapêutica própria para cada uma delas. O tratamento difere nos grupos de antivirais escolhidos, em suas posologias, frequência de tomada e combinações com outras medicações que precisarão dar conta de conjunto próprio de sintomas característicos ao herpes-zóster”, afirma a especialista.
Falta de tratamento para herpes-zóster gera complicações?
A demora para buscar ajuda médica pode contribuir para o surgimento de complicações. Mas, a dermatologista explica que, mesmo quem procura e recebe tratamento adequado pode ter problemas. “A depender da localização da doença, da situação imunológica e da saúde geral do paciente, estas complicações (passíveis de se tornarem sequelas permanentes), podem ser ainda mais sofridas, com quadro de dor intensa e duradoura, meningite e cegueira”, alerta a profissional. Por isso, além do diagnóstico correto, é fundamental ter acompanhamento médico para manter bons cuidados com a saúde.
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