O infarto agudo do miocárdio, segundo o cardiologista Francisco Flávio Costa Filho, é o termo técnico usado para descrever a situação em que células de parte do coração morrem devido à obstrução de uma artéria responsável por carregar sangue e nutrientes. Todo esse processo pode levar algumas semanas para se instalar e, em alguns casos, o corpo indica que algo está errado. Confira com que antecedência os principais sinais do infarto surgem.
Sinais do infarto podem surgir 4 semanas antes
“Estudos clássicos, nos quais se conversou com pacientes recém-infartados, descrevem que metade dos pacientes infartados já estava sentindo alguma coisa diferente nas 4 semanas antes do evento mais grave, o infarto propriamente dito”, afirma o médico.
Nessas pessoas, a obstrução da artéria se deu de forma gradual, com os sintomas prévios surgindo. Geralmente, são os mesmos sinais do infarto, mas com intensidade e duração menores. Como “a dor passou”, muitos não procuraram ajuda profissional.
“A outra metade dos pacientes simplesmente relatou que não sentiu nada até a hora do infarto. São pessoas que saíram para uma corrida, estavam em um jantar ou em um voo. Estavam bem, vivendo suas vidas e, de repente, aquela artéria se obstrui e o infarto entra em cena”, explica o especialista.
Quais são os sinais do infarto?
“Não há dúvidas de que o sintoma-chave do infarto é a dor torácica. Ela está presente em quase todos os pacientes que sofrem obstrução de uma de suas artérias do coração”, informa o cardiologista. Essa dor pode se apresentar na forma de aperto, de queimação, sensação de peso ou do peito abrindo no tórax.
A dor do infarto pode ficar parada, mas também pode se espalhar para os braços, o dorso, mandíbula, dentes ou região cervical. Existem ainda casos em que a dor não se manifesta, mas o paciente reclama de náuseas, vômitos, suor intenso, falta de ar, desmaio, palpitações e cansaço.
É imprescindível conhecer os principais sintomas causados pelo infarto para procurar atendimento médico assim que possível. Segundo Doutor Costa Filho, a melhor fase para fazer o tratamento do paciente é quando os sinais começam a aparecer porque, geralmente, o infarto não aconteceu, ou seja, ainda não houve morte das células do miocárdio.
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