O infarto pode deixar sequelas, especialmente se o atendimento for feito de forma inadequada e com atraso. A qualidade e a velocidade do atendimento são fatores cruciais para o futuro do paciente que sobrevive ao evento. Sem sequelas, o paciente tem muito mais facilidade para cuidar de sua saúde cardiovascular, fortalecendo-a e prevenindo possíveis novos episódios do tipo. Afinal, por que um infarto pode deixar sequelas no coração?
Quais as sequelas deixadas por um infarto?
“O infarto do miocárdio instala-se a partir da ruptura da placa aterosclerótica intracoronariana, promovendo trombose com formação de coágulos. Estes obstruem parcialmente ou totalmente a circulação do sangue para o músculo cardíaco, promovendo, assim, sua morte. Dependendo da extensão dos danos, poderá haver maior ou menor prejuízo ou sequela à função do coração”, informa o cardiologista Rubens Mattar Júnior.
Segundo o especialista, pode ocorrer, por exemplo, desenvolvimento de choque cardiogênico, insuficiência cardíaca congestiva e aumento de potencial para ocorrência de arritmias cardíacas. “Quanto mais precoce o tratamento, melhores e menores as chances de prejuízo para a função do coração ou de sequelas”.
Quais são os tipos de tratamento do infarto?
O tratamento do infarto deve buscar a recanalização da artéria obstruída o mais rápido possível e os melhores resultados estão nas primeiras seis horas do atendimento. Para isso, são indicados dois tipos de tratamento: a reperfusão mecânica e a química. A reperfusão mecânica está ligada à colocação de peças metálicas (stents) no interior dos vasos coronarianos. “Este é o método principal na indicação atual do tratamento do infarto agudo: a angioplastia primária”, afirma Mattar Jr.
Quando a angioplastia está dificultada no atendimento do infarto agudo, busca-se a desobstrução do vaso pela reperfusão química, que é a indicação de medicamentos com poder anticoagulante capazes de agir no trombo e promover a dissolução do coágulo. “Chamamos isto de trombólise química e as drogas usadas de trombolíticos. Quando esses dois procedimentos são precocemente indicados, as chances de perda de função miocárdica e demais sequelas são menores”, completa o cardiologista.
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