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Dr. Rubens Mattar Júnior

Cardiologia

Biografia

Dr. Rubens Mattar Júnior é cardiologista e graduado pela Faculdade de Medicina de Uberlândia (FAMED/UFU) e atende em São Paulo.

Artigos

Por que um infarto pode deixar o músculo cardíaco com sequelas?

O infarto pode deixar sequelas, especialmente se o atendimento for feito de forma inadequada e com atraso. A qualidade e a velocidade do atendimento são fatores cruciais para o futuro do paciente que sobrevive ao evento. Sem sequelas, o paciente tem muito mais facilidade para cuidar de sua saúde cardiovascular, fortalecendo-a e prevenindo possíveis novos episódios do tipo. Afinal, por que um infarto pode deixar sequelas no coração? Quais as sequelas deixadas por um infarto? “O infarto do miocárdio instala-se a partir da ruptura da placa aterosclerótica intracoronariana, promovendo trombose com formação de coágulos. Estes obstruem parcialmente ou totalmente a circulação do sangue para o músculo cardíaco, promovendo, assim, sua morte. Dependendo da extensão dos danos, poderá haver maior ou menor prejuízo ou sequela à função do coração”, informa o cardiologista Rubens Mattar Júnior. Segundo o especialista, pode ocorrer, por exemplo, desenvolvimento de choque cardiogênico, insuficiência cardíaca congestiva e aumento de potencial para ocorrência de arritmias cardíacas. “Quanto mais precoce o tratamento, melhores e menores as chances de prejuízo para a função do coração ou de sequelas”. Quais são os tipos de tratamento do infarto? O tratamento do infarto deve buscar a recanalização da artéria obstruída o mais rápido possível e os melhores resultados estão nas primeiras seis horas do atendimento. Para isso, são indicados dois tipos de tratamento: a reperfusão mecânica e a química. A reperfusão mecânica está ligada à colocação de peças metálicas (stents) no interior dos vasos coronarianos. “Este é o método principal na indicação atual do tratamento do infarto agudo: a angioplastia primária”, afirma Mattar Jr. Quando a angioplastia está dificultada no atendimento do infarto agudo, busca-se a desobstrução do vaso pela reperfusão química, que é a indicação de medicamentos com poder anticoagulante capazes de agir no trombo e promover a dissolução do coágulo. “Chamamos isto de trombólise química e as drogas usadas de trombolíticos. Quando esses dois procedimentos são precocemente indicados, as chances de perda de função miocárdica e demais sequelas são menores”, completa o cardiologista. Foto: Shutterstock

A água dermatológica deve ser utilizada após um dia de sol na praia?

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil e representam cerca de 29% dos óbitos no país. Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que, em poucos anos, o Brasil subirá para primeiro no ranking mundial desse tipo de morte. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, mais de 300 mil brasileiros morrem todos os anos em decorrência dessas doenças, com cerca de 350 mil óbitos só em 2016. Dentre os fatores de risco para doenças cardiovasculares, destacam-se o tabagismo, consumo abusivo de álcool, sedentarismo ou prática de atividade física insuficiente e má alimentação. Portanto, a mudança de estilo de vida é fundamental e deve começar logo com a dieta, apostando no consumo de nutrientes benéficos para a saúde do coração, como o ômega-3. Benefícios do ômega-3 para a saúde do coração O ômega-3 é uma gordura poli-insaturada da família dos ácidos graxos, conhecido por contribuir na manutenção da saúde do coração e também do cérebro. As substâncias do ômega-3 responsáveis pelo seu efeito benéfico para a saúde por meio do auxílio na manutenção dos níveis saudáveis de triglicerídeos são os ácidos eicosapenta­enoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA). Esses ácidos graxos são considerados essenciais para o organismo, pois nós não conseguimos produzi-los. Considerada a principal gordura originária da alimentação, os triglicerídeos são a forma de armazenamento de energia dos carboidratos e proteínas ingeridas em excesso. Níveis altos de triglicerídeos no sangue elevam o risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. “O ômega-3 exerce inúmeros efeitos sobre diferentes aspectos fisiológicos e metabólicos relacionados ao “, informa o cardiologista Rubens Mattar Jr. Alguns exemplos desses efeitos, segundo o médico, são a diminuição da pressão arterial e a melhora da função antiarrítmica, ou seja, da frequência dos batimentos do coração. Onde podemos encontrar o ômega-3? As principais fontes de ômega-3 são de origem de animal, especialmente em peixes de mar, de águas profundas e frias. Salmão, bacalhau, sardinha, cavalinha e atum são alguns exemplos. Entretanto, o consumo desses alimentos no Brasil está abaixo dos 12 quilos por pessoa ao ano recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Enquanto japoneses e portugueses comem mais de 50 quilos por ano e a média mundial está em torno dos 16 quilos, os brasileiros consomem apenas 8,9 kg/ano. Para controlar os níveis de triglicerídeos, além de uma dieta adequada, evitando o excesso de carboidratos, e da prática regular de atividade física, devem ser ingeridos alimentos ricos em ômega 3, e uma alternativa para se obter os seus benefícios é optar pela ingestão de um suplemento com alta concentração de ômega-3 (EPA e DHA) por cápsula. Consulte um profissional de saúde. Foto: Shutterstock

Quais os benefícios do ômega-3 para a saúde do coração?

As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil e representam cerca de 29% dos óbitos no país. Um estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que, em poucos anos, o Brasil subirá para primeiro no ranking mundial desse tipo de morte. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, mais de 300 mil brasileiros morrem todos os anos em decorrência dessas doenças, com cerca de 350 mil óbitos só em 2016. Dentre os fatores de risco para doenças cardiovasculares, destacam-se o tabagismo, consumo abusivo de álcool, sedentarismo ou prática de atividade física insuficiente e má alimentação. Portanto, a mudança de estilo de vida é fundamental e deve começar logo com a dieta, apostando no consumo de nutrientes benéficos para a saúde do coração, como o ômega-3. Benefícios do ômega-3 para a saúde do coração O ômega-3 é uma gordura poli-insaturada da família dos ácidos graxos, conhecido por contribuir na manutenção da saúde do coração e também do cérebro. As substâncias do ômega-3 responsáveis pelo seu efeito benéfico para a saúde por meio do auxílio na manutenção dos níveis saudáveis de triglicerídeos são os ácidos eicosapenta­enoico (EPA) e docosahexaenoico (DHA). Esses ácidos graxos são considerados essenciais para o organismo, pois nós não conseguimos produzi-los. Considerada a principal gordura originária da alimentação, os triglicerídeos são a forma de armazenamento de energia dos carboidratos e proteínas ingeridas em excesso. Níveis altos de triglicerídeos no sangue elevam o risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. “O ômega-3 exerce inúmeros efeitos sobre diferentes aspectos fisiológicos e metabólicos relacionados ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares“, informa o cardiologista Rubens Mattar Jr. Alguns exemplos desses efeitos, segundo o médico, são a diminuição da pressão arterial e a melhora da função antiarrítmica, ou seja, da frequência dos batimentos do coração. Onde podemos encontrar o ômega-3? As principais fontes de ômega-3 são de origem de animal, especialmente em peixes de mar, de águas profundas e frias. Salmão, bacalhau, sardinha, cavalinha e atum são alguns exemplos. Entretanto, o consumo desses alimentos no Brasil está abaixo dos 12 quilos por pessoa ao ano recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Enquanto japoneses e portugueses comem mais de 50 quilos por ano e a média mundial está em torno dos 16 quilos, os brasileiros consomem apenas 8,9 kg/ano. Para controlar os níveis de triglicerídeos, além de uma dieta adequada, evitando o excesso de carboidratos, e da prática regular de atividade física, devem ser ingeridos alimentos ricos em ômega 3, e uma alternativa para se obter os seus benefícios é optar pela ingestão de um suplemento com alta concentração de ômega-3 (EPA e DHA) por cápsula. Consulte um profissional de saúde. Foto: Shutterstock

Quais esportes são indicados para quem quer iniciar alguma atividade física e manter uma vida mais saudável?

A prática de exercícios é uma das atitudes mais importantes para quem deseja ter uma vida mais saudável. A atividade física ajuda a prevenir e tratar uma série de doenças cardiovasculares. No caso dos pacientes com hipertensão, as atividades reduzem o estresse e a ansiedade e relaxam os vasos sanguíneos, contribuindo para uma diminuição e o controle dos valores da pressão arterial. A prática, desde que feita com acompanhamento médico, é também muito benéfica para a saúde cardíaca e a redução do colesterol LDL, também chamado de “colesterol ruim”. Atividade física regular ajuda a melhorar a saúde do coração As atividades físicas são extremamente importantes para a melhora da saúde cardiovascular. A prática de exercícios regulares aumenta a produção de algumas enzimas, como a lipase, que impedem o acúmulo de gordura na parede das artérias, reduzindo riscos de problemas como infarto e AVC. “O efeito agudo ou crônico do exercício aeróbico, tanto de baixa, como de alta intensidade e duração, pode melhorar o perfil lipoproteico, estimulando o melhor funcionamento de processos enzimáticos envolvidos no metabolismo de lipídeos”, afirma o cardiologista Rubens Mattar Júnior. Segundo o médico do exercício e do esporte João Felipe Franca, os sedentários devem iniciar a prática de exercícios regulares e viáveis dentro da rotina diária ou semanal. O ideal é começar com três dias por semana, aumentando gradativamente o tempo de duração e a intensidade, respeitando a tolerância física de cada organismo.  O objetivo é chegar a 150 minutos por semana, em pelo menos três séries semanais. No entanto, é crucial que quem não está em forma procure um médico antes do início da prática de atividades físicas, para que ele realize uma avaliação física específica e acompanhe o processo. “Esta atividade física pode ser uma caminhada, uma pedalada, natação ou hidroginástica, que são exercícios de baixa intensidade”, aponta o especialista. O profissional diz ainda que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que pessoas acima dos 35 anos de idade devem realizar também exercícios de fortalecimento muscular e flexibilidade, pelo menos duas vezes por semana.   Idosos devem realizar atividades para a postura e o equilíbrio corporais Além dos benefícios para a saúde cardiovascular, a prática de atividades físicas também tem benefícios para a mobilidade e para o crescimento saudável das crianças. A OMS aconselha que pessoas acima dos 60 anos pratiquem exercícios que visem melhorar a postura e o equilíbrio do corpo para diminuir o risco de quedas. “Crianças, por outro lado, devem ser estimuladas a se movimentar diariamente, pelo menos 60 minutos, nas mais variadas modalidades de atividades físicas, sejam exercícios específicos, esportes coletivos e individuais ou atividades físicas em geral”, afirma o médico. Os benefícios da mudança de hábitos podem ser percebidos já na primeira série, mas o efeito dura até 48 horas e deve ser renovado. “Costumo fazer uma analogia: a cada sessão de exercício, é como se estivéssemos colocando um tijolinho na construção de uma casa. Se está praticando regularmente, em uma semana a casa terá uma parede, em um mês terá quatro paredes e, em dois meses, terá teto, janelas e quintal”, diz Dr. João Felipe. No entanto, ao interromper a rotina de exercícios, a casa começa a desmoronar. Foto: Shutterstock

Colesterol: Com que frequência devemos realizar exames de controle?

O colesterol é um tipo de gordura presente no organismo humano fundamental para a realização de diversas funções. De sua totalidade, 70% é produzido pelo próprio corpo e o restante é proveniente de dieta. No entanto, existem dois tipos de colesterol, o “bom” (HDL) e o “ruim” (LDL), e isso deve ser controlado de forma saudável. Pacientes em tratamento devem fazer exames entre três e seis meses Como o colesterol alto é uma doença silenciosa, ou seja, sem sintomas, se torna ainda mais importante ter esse controle através de avaliações periódicas. “A frequência para avaliação varia. Se for uma situação de controle preventivo apenas, com pessoas em idade de 20 anos para cima e nível dosado dentro do normal, a verificação pode ser a cada cinco anos. Em caso de tratamento para controle terapêutico, entre três e seis meses”, afirma o cardiologista Rubens Mattar Jr. Apesar do colesterol alto não ter sintomas, na avaliação do exame físico dá para encontrar sinais na pele “como xantelasmas e xantomas tendinosos, arcos corneanos que podem ser expressão de aumento dos lípides sanguíneos”. O médico também explica que o nível do colesterol sanguíneo deve estar abaixo de 200mg, mas com uma ressalva: “É importante correlacionar as frações do colesterol HDL/LDL/VLDL e o grau de risco para que o médico oriente o tratamento com os níveis adequados de controle”. Dieta com carnes magras, frutas e verduras ajuda a combater colesterol alto Visto que 30% do colesterol produzido vem da alimentação, manter uma dieta saudável se faz essencial para diminuir os riscos de níveis elevados de colesterol e, consequentemente, doenças cardiovasculares. “Os alimentos indicados são carnes magras, grelhadas ou cozidas, leite desnatado, clara de ovos, frutas, verduras e legumes, castanhas e nozes em pequenas quantidades, além de fibras como aveia e trigo”. Já os alimentos que devem ser evitados são “carnes com gordura aparente (alcatra, contrafilé, picanha), embutidos (salsicha, linguiça, bacon, torresmo), vísceras (fígado, rim, miolo, miúdos), pele de aves, peixes e porco, frutos do mar, gema de ovo, frios, leite integral, manteiga e queijos amarelos, biscoitos amanteigados, folhados, sorvetes cremosos e chantilly”. Além da alimentação balanceada, Dr. Rubens recomenda a prática de pelo menos uma atividade física, com exercícios aeróbicos de 50 a 60 minutos de duração três vezes na semana, e usar medicação quando indicada para a redução dos níveis do colesterol. “Estatinas constituem hoje indicação preferencial, mas fibratos e inibidores seletivos da absorção do colesterol também são opções válidas”.

O que é pseudo-hipertensão? Por que ela é mais comum em idosos?

Como o próprio nome sugere, a pseudo-hipertensão diz respeito a valores falsamente elevados de pressão arterial. Ocorre com frequência maior em idosos, pois nesta faixa etária as artérias tendem a ser mais espessas e calcificadas, o que atrapalha a medição precisa da pressão arterial. “A pseudo-hipertensão apresenta medidas falsamente elevadas de pressão arterial pelo aumento da rigidez dos vasos nos idosos, com redução das fibras elásticas, aumento do colágeno e calcificação, endurecendo, assim, a parede do vaso”, explica o cardiologista Rubens Mattar Jr. “Isso tudo gera dificuldade em comprimir a artéria com a insuflação do manguito dos medidores convencionais e aí a pressão verificada acaba sendo maior que a intra arterial”. Modos de identificar a pseudo-hipertensão Segundo o médico, pode-se suspeitar da presença de pseudo-hipertensão em pacientes com diagnóstico de hipertensão arterial de longa data sem lesão de órgãos alvos, ou naqueles tratados e que apresentam sintomas hipotensivos. “Uma forma de diagnóstico é por método invasivo de medida da pressão arterial, que é o intra arterial”, diz Mattar. Outra maneira de detectar a pseudo-hipertensão é utilizar a manobra de Osler, que consiste em insuflar o manguito utilizado para medir a pressão arterial até que não seja possível identificar o pulso delimitado pela palpação da artéria radial ou braquial. “Se conseguirmos identificar pulso neste local, o paciente é considerado Osler-positivo e pode estar ocorrendo uma falsa estimativa da pressão, com valores superiores aos reais (pseudo-hipertensão)”. Cuidados para quem é diagnosticado com pseudo-hipertensão Ao se confirmar o diagnóstico de pseudo-hipertensão, deve-se evitar o uso de medicamentos hipotensores, pois a queda de pressão sem necessidade no idoso pode ocasionar danos à saúde. “Neste caso, é importante que haja acompanhamento médico, recomendando, se necessário, modificações no estilo de vida, com orientação à redução de sal na dieta, evitar fumo, reduzir peso, corrigir taxas lipídicas e praticar atividades físicas”, recomenda o cardiologista.

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