A angioplastia é um procedimento que combate a obstrução de vasos sanguíneos, principalmente a artéria coronária, que conduz o sangue até o coração. Para que seja realizada, é necessária a ação conjunta dos balões de desobstrução e dos stents, recursos que, apesar de implantados no interior dos vasos, são considerados pouco invasivos.
Balão rompe placas de obstrução e stent mantém vasos abertos e dilatados
A obstrução costuma acontecer por conta do acúmulo de placas de gordura, as quais são rompidas pelo balão. “O balão entra junto de um cateter e, ao atingir o nível da obstrução, infla. A força empregada é que permitirá a abertura das placas”, explica o angiologista Jayme Ramos. O processo, que evita a necessidade de cirurgia aberta, também expande o diâmetro da artéria.
Já os stents tem a função de evitar que o vaso volte a ficar obstruído. Portanto, são colocados no local para manter o desbloqueio e o caminho do fluxo sanguíneo livre. “Stents são ‘canos’, materiais cilíndricos que são colocados onde foi feita a angioplastia. Algumas vezes, após ser feito o procedimento com o balão, a lesão imediatamente volta a se fechar. Para evitar isso, usamos o stent para manter o vaso aberto”.
Quais são os riscos da angioplastia?
De acordo com o angiologista, os riscos mais comuns da angioplastia são: o balão romper o vaso, o stent ser colocado no lugar errado, o cateter perfurar o vaso e vasos não doentes se tornar doentes pela agressão do cateter dentro deles. “Todos esses riscos podem ser minimizados com o uso de material de qualidade e experiência do profissional”, enfatiza.
Para o Dr. Jayme, as doenças que levariam à utilização desses artifícios podem ser evitadas com uso de medicamentos e exercícios. “Quando chega na hora de se utilizar um método cirúrgico é porque os métodos não cirúrgicos já falharam. Então, quando o paciente faz o diagnóstico do seu problema cedo, é possível evitar a cirurgia com remédios e mudanças de hábitos de vida”.
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