O estresse pode ser responsável pelo desenvolvimento do TOC?
REDAÇÃO CUIDADOS PELA VIDA /
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O estresse sozinho não consegue ser responsável pelo desenvolvimento de um quadro complexo como o transtorno obsessivo compulsivo (TOC), mas existe uma relação entre ambos. Geralmente, as crises de TOC ocorrem quando o paciente está passando por um período de grande estresse, o que conduz à instabilidade emocional e à piora dos sintomas.
“Em psiquiatria, as causas dos transtornos mentais não são conhecidas e por isso evitamos dizer que algo é responsável pelo desenvolvimento de uma doença mental. Até o momento, observa-se que a maioria dos transtornos mentais tem etiologia multifatorial, isto é, uma complexa interação entre genes e ambiente”, explica a psiquiatra Erika Mendonça.
Fatores de risco para o TOC
Acredita-se que o paciente com TOC e aqueles que têm predisposição para o transtorno reagem excessivamente a situações de estresse, o que resulta nos pensamentos obsessivos típicos do quadro. Como esses pensamentos causam muita angústia para o indivíduo, a tendência é que ele fique ainda mais estressado, gerando um efeito bola de neve.
Os fatores que contribuem para o desenvolvimento do TOC são divididos entre genéticos e ambientais, sendo que o estresse se encaixa no segundo. Neste, destacam-se também os eventos traumáticos. “Abuso físico e sexual na infância, perda de entes próximos e abandono aumentam a chance de uma pessoa desenvolver transtorno obsessivo-compulsivo”, exemplifica a médica.
Tratamento do TOC se baseia em psicoterapia e uso de remédios
Diminuir o estresse no dia a dia até pode ser benéfico para controlar o TOC, mas é preciso mais do que isso para que o transtorno seja devidamente tratado. Pacientes diagnosticados com a doença necessitam usar medicamentos (antidepressivos, antipsicóticos, ansiolíticos) e aderir à psicoterapia para conseguirem amenizar os sintomas.
Dra. Erika Mendonça de Morais é psiquiatra formada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e atua em São Paulo. CRM-SP: 124933
Foto: Shutterstock
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Cláudio Schmitt
Boa tarde!Aqui quem escreve é o Cláudio Schmitt, moro atualmente em Jaraguá do Sul, e quero parabenizar, e muito, o texto/matéria informativa acima em relação ao TOC… Muitas informações úteis, de utilidade pública, boa qualidade, fáceis, simples, básicas de serem assimiladas/aprendidas… Consegui assimilar/aprender muitas coisas com a leitura da matéria-reportagem acima…Eu tenho o diagnóstico de TOC desde o meus 17 anos de idade, os sintomas eu já os vinha sentindo há muitos, mas muitos anos antes do diagnóstico, e sabemos nós, como pacientes, das dificuldades que enfrentamos em nosso dia-a-dia… Somente nós os sabemos o que realmente passamos…Além do tratamento medicamentoso que já o faço desde essa época (adolescência), também faço psicoterapia clínica e mais recentemente, terapias complementares… Inclusive, recomendo aqui para quem quiser/puder buscar as terapias complementares (acupuntura, Reiki, regressões de memória), que busquem, pois mal não farão, muito pelo contrário… As terapias complementares já possuem comprovação científica da sua funcionalidade; porém, é necessário que o paciente acredite no seu poder de cura…Além dos fatores/aspectos genéticos e ambientais bastante enfatizados na matéria-reportagem acima, existem também, dependendo do caso, os fatores culturais que também podem contribuir para que uma doença se agrave ou não…Fatores culturais envolvem: estilo de vida, hábitos, modo de ser, tradições familiares, crenças limitantes, costumes, opiniões, ideias, visões de mundo, dentre outros pontos… E como, no meu caso, eu não me “encaixo” com o modelo cultural aqui do meu município, isso por si só, também tem um peso bastante considerável para o meu caso e, justamente por isso, venho encontrando muitas dificuldades para encontrar profissionais aptos a me atenderem, principalmente no que tange à terapias… Estou fazendo tratamento clínico com psicóloga em consultório e também, recebo energias à distância diariamente… De grupos de apoio/suporte virtuais, de pessoas de outros municípios…Que bom que existem pessoas como o programa: “Cuidados pela Vida”, que diariamente fazem a informação/leitura edificante circular/chegar ao maior número possível de pessoas a nível de Brasil!!! Parabéns, estão no caminho certo, é isso aí!!!
CUIDADOS PELA VIDA
Olá Claudio. Agradecemos por compartilhar seu relato e ficamos felizes por saber que nossas matérias tem contribuído de forma positiva na sua vida. Continue nos acompanhando para receber mais matérias como essa e informações sobre saúde, doenças e tratamentos. Desejamos sucesso no seu tratamento. Abraços.
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