O transtorno obsessivo compulsivo, conhecido pela sigla TOC, é uma doença psiquiátrica que se manifesta por meio de pensamentos repetitivos e exagerados, que dificilmente saem da cabeça, e de comportamentos irracionais e com características de rituais.
A doença requer acompanhamento psiquiátrico. “O tratamento para o TOC é baseado no uso de medicamentos antidepressivos, psicoterapias e outras formas complementares que incluem o incentivo a atividades físicas, meditação e acupuntura”, afirma o psiquiatra Eduardo de Castro Humes. A terapia que tem demonstrado maior eficácia para o transtorno é a cognitivo-comportamental, que deve ser complementar ao consumo de remédios.
Expor para tratar
Inicialmente, a terapia cognitivo-comportamental ajuda o portador a entender sua doença e a reconhecer suas obsessões e compulsões. Ela aborda atividades que visam expor o paciente a situações do dia a dia, com o objetivo de corrigir seus pensamentos e a se prevenir contra os rituais.
Os exercícios são sempre acompanhados por um profissional, que pode recomendar sua realização junto às tarefas de casa. A terapia pode ser feita individualmente ou em grupos, em uma clínica ou hospital, variando entre 10 e 20 sessões, de acordo com a gravidade do caso e a presença ou ausência de outras doenças associadas.
Quanto mais precoce, mais eficaz o tratamento
O tratamento deve ser iniciado o quanto antes; “Pacientes portadores de TOC apresentam maior chance de não voltar a apresentar sintomas após a interrupção do tratamento quando buscam o tratamento precocemente”, explica Humes.
A resposta ao tratamento irá variar de acordo com o tempo que o portador da doença dedicou ao tratamento e com as doses aplicadas de remédios. Alguns pacientes, no entanto, necessitam de tratamento por toda a vida, já que os sintomas voltam a aparecer com o fim da terapia e do uso de medicamentos.
Dr. Eduardo de Castro Humes é psiquiatra e psicoterapeuta formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. CRM-SP: 108239