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    Longevidade: Tudo que você precisa saber para viver mais e melhor

    Cuidados e Bem-estar
    Longevidade

    Por Adriana Ávila, Dr. Adriano Lúcio Uchôa Brandão, Dr. José Eduardo Martinelli e Gisele Wagenführ Tridapalli

    A longevidade pode ser definida como a capacidade de viver por um período mais longo. Porém, é importante destacar que não se trata apenas de viver mais, mas de viver melhor. Nas últimas décadas, foi possível ver um aumento da expectativa de vida, o que resultou em um número maior de idosos ao redor do mundo. Essa mudança tem despertado a busca por uma rotina mais saudável, capaz de refletir numa terceira idade mais ativa e de bem com a vida! 
    No Brasil, a expectativa de vida vem aumentando gradativamente, sendo de 77 anos em média, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Neste contexto, é fundamental destacar que muitos idosos desejam ter independência e autonomia para realizar suas atividades diárias e isso só é possível com uma boa saúde física e mental. Neste guia completo, vamos explorar como viver mais e melhor, com dicas e orientações que devem ser aplicadas o quanto antes para alcançar a longevidade de forma saudável e feliz. Confira!

    O que é longevidade?

     

    Quando pensamos em longevidade, pensamos logo em um idoso ou uma idosa com muitos anos vividos. E é justamente assim que podemos definir longevidade: a capacidade de ter uma vida longa. Viver mais tempo é um objetivo bastante comum, mas é importante lembrar que a qualidade de vida é tão importante quanto a idade, o número em si. É possível alcançar essas duas metas, ou seja, uma vida longeva e saudável, com alimentação balanceada, exercícios físicos regulares, gerenciamento do estresse e outras medidas. Além disso, o acompanhamento médico com frequência e a prevenção de doenças também são fundamentais para garantir mais qualidade e tempo de vida. 
    Ao adotar hábitos saudáveis, é possível reduzir o risco de desenvolver doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos, capazes de prejudicar o bem-estar e impor diversas limitações. A alimentação saudável, por exemplo, é essencial para manter o corpo funcionando adequadamente, enquanto a atividade física consegue deixar o organismo em forma e melhorar a saúde do coração, dos músculos e ossos. Já o gerenciamento do estresse é importante para a saúde mental (e física também), ajudando a prevenir doenças psiquiátricas e a síndrome de Burnout, tão falada ultimamente. 
    Além disso, é importante lembrar que a saúde preventiva é fundamental para que o processo de envelhecimento aconteça com maior tranquilidade. Isso envolve idas ao consultório médico com frequência e a realização de exames regularmente para detectar doenças de maneira precoce, prevenindo, assim, a progressão dessas condições e o surgimento de complicações. Também é importante evitar o sedentarismo e manter a mente ativa por meio de leituras, jogos de quebra-cabeça e aprendizado de novas habilidades. Com a adoção desses hábitos saudáveis, é possível ter mais tempo de vida e viver melhor!

    Por que as mulheres vivem mais que os homens?

     

    Você já deve ter ouvido por aí que as mulheres vivem mais que os homens. E isso é verdade! De acordo com o IBGE, a expectativa de vida da população masculina é de 73,6 anos e, para as mulheres, de 80,5 anos. Em entrevista ao Cuidados Pela Vida, o médico de família Adriano Brandão afirma que essa diferença pode estar relacionada ao comportamento em relação à saúde: as mulheres geralmente procuram atendimento médico com mais frequência e levam mais a sério os cuidados preventivos, como exames de rotina e vacinações.
    Além disso, as mulheres tendem a adotar um estilo de vida mais saudável que os homens, com uma dieta equilibrada, menos consumo de álcool e tabaco e mais atividade física regular. Por outro lado, os homens costumam ser mais negligentes com a saúde, indo ao médico apenas em casos emergenciais e ocupando empregos que costumam, em média, ser mais perigosos do que aqueles ocupados por mulheres.
    No entanto, é importante destacar que essas teorias não se aplicam a todo mundo. A expectativa de vida pode variar muito de acordo com o estilo de vida, ambiente e fatores genéticos. Por isso, independentemente do sexo, é fundamental adotar hábitos saudáveis e procurar atendimento médico regular para ter uma vida mais longeva. 

    Como a saúde preventiva ajuda na longevidade?

     

    De acordo com o geriatra José Eduardo Martinelli, a saúde preventiva desempenha um papel fundamental na promoção da longevidade. A prevenção de doenças e pode ajudar a evitar o surgimento de complicações e reduzir o risco de morte prematura. É importante sempre manter os exames de rotina em dia, principalmente após os 45 anos.
    Outras formas de se manter saudável e garantir uma vida longa são manter uma alimentação equilibrada e realizar exercícios físicos regularmente. Além disso, é importante evitar hábitos prejudiciais, como o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e a exposição frequente à poluição e substâncias tóxicas. Essas medidas ajudam a prevenir doenças crônicas e mantêm o corpo saudável e forte. 
    Dr. Adriano Brandão afirma que é de extrema importância que as pessoas busquem um acompanhamento médico clínico regular, principalmente na terceira idade, pois essa prática pode ajudar a identificar fragilidades e condições de saúde capazes de comprometer a qualidade de vida. O médico clínico tem um papel fundamental nesse processo, pois ele é o profissional responsável por avaliar o estado de saúde geral do paciente, investigar sintomas, analisar o histórico médico, solicitar exames e indicar uma consulta com um profissional mais especializado.
    O acompanhamento médico clínico também é crucial para o tratamento precoce de doenças crônicas e intercorrências que podem surgir com o avanço da idade. Além disso, o médico clínico pode coordenar os tratamentos prescritos por outros especialistas, evitando possíveis interações medicamentosas e garantindo a eficácia do tratamento como um todo.
    Portanto, é importante que as pessoas não negligenciem a saúde e busquem o acompanhamento médico regular para garantir um envelhecimento saudável e com uma boa qualidade de vida.

    Quais são os efeitos do envelhecimento da população?

     

    Desde 2019, o número de pessoas no país com mais de 60 anos já é superior ao de crianças com 9 anos de idade. Segundo uma projeção do crescimento da população feita pelo IBGE, a população brasileira vai parar de crescer em 2047 e se reduzirá gradualmente até 2060. Neste momento, estima-se que ¼ da população brasileira terá 65 anos ou mais. Dessa maneira, precisamos nos preparar para um futuro em que a população idosa será uma parte ainda mais relevante da sociedade.
    O envelhecimento da população brasileira traz uma série de consequências que afetam diferentes áreas da sociedade. O aumento dos gastos em saúde e previdência social, a mudança na dinâmica familiar e no mercado de trabalho, além da necessidade de políticas públicas específicas para idosos, são alguns dos principais efeitos desse processo. Com a expectativa de vida cada vez maior e a queda na taxa de fecundidade, é necessário que haja investimentos em políticas públicas voltadas para a população idosa para que o país esteja preparado para essa nova dinâmica, visando garantir a qualidade de vida dos idosos e um envelhecimento saudável.
    Dr. José Eduardo Martinelli afirma que, para lidar com os desafios impostos pelo envelhecimento populacional, o país precisa de uma política de longo prazo que considere as necessidades da população idosa. Isso inclui medidas como a melhoria do sistema de saúde, com ênfase na prevenção de doenças, e o investimento em tecnologia e inovação para melhorar a qualidade de vida dos idosos. É importante ainda que toda a sociedade se torne consciente da importância do envelhecimento saudável e da necessidade de respeitar os direitos dos idosos, garantindo que essa parcela da população tenha condições de viver com dignidade e autonomia.

    De que forma a qualidade de vida impacta a longevidade?

     

    É cada vez mais evidente que a adoção de hábitos saudáveis desde cedo pode fazer uma grande diferença na longevidade das pessoas. Estudos mostram que a alimentação saudável, a prática regular de exercícios físicos, a redução do consumo de álcool e cigarros, além do controle do estresse e da ansiedade, podem prevenir uma série de doenças crônicas e aumentar a expectativa de vida.
    O sedentarismo, por exemplo, é um dos principais fatores de risco para doenças crônicas, como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares e até mesmo alguns tipos de câncer. A prática regular de atividade física, por outro lado, pode reduzir o risco de desenvolver essas doenças e melhorar a qualidade de vida.
    Em entrevista ao Cuidados Pela Vida, a nutricionista Adriana Ávila reforça o papel da alimentação saudável na qualidade de vida e na longevidade. Ela diz que uma dieta equilibrada, rica em frutas, verduras e alimentos integrais, pode fornecer os nutrientes necessários para manter o corpo saudável e prevenir doenças. Já o consumo excessivo de álcool e o tabagismo podem causar uma série de problemas de saúde, como doenças hepáticas, cardiovasculares e respiratórias.
    Mais especificamente, uma alimentação balanceada, que inclua uma variedade de nutrientes, cores e sabores, é crucial para manter uma boa saúde e qualidade de vida. Isso porque a falta de diversidade de alimentos pode levar à carência de nutrientes essenciais para o organismo, o que pode favorecer o desenvolvimento de doenças como anemia e desnutrição, que afetam bastante os idosos. Por outro lado, o excesso de alimentos e calorias pode causar problemas de saúde como obesidade, hipertensão e diabetes tipo 2.
    Por isso, é importante seguir uma dieta equilibrada, evitando o consumo excessivo de açúcares, gorduras saturadas e industrializados e dando preferência a alimentos in natura, como frutas, verduras e legumes.
    É importante lembrar que a alimentação está interligada a outros fatores que interferem na saúde, como o tabagismo, o sedentarismo e o estresse. Portanto, um estilo de vida saudável deve envolver não somente uma dieta equilibrada, mas também a prática regular de exercícios físicos, uma boa noite de sono e o controle dos níveis de estresse.

    Como ter longevidade?

     

    Como você já deve ter percebido, a longevidade pode ser alcançada por meio de um estilo de vida saudável e equilibrado, que inclui uma alimentação adequada, prática regular de atividade física, controle do estresse, sono de qualidade e, claro, deixando de lado hábitos prejudiciais à saúde, como o sedentarismo, o consumo de tabaco e de álcool em excesso.
    Além disso, o acompanhamento médico também é essencial para a longevidade. Realizar check-ups regularmente e seguir as orientações médicas pode ajudar a prevenir doenças, detectá-las precocemente e controlar condições de saúde já existentes.
    É importante lembrar que a longevidade não se trata apenas de viver mais, mas de viver com qualidade. Para isso, é importante cuidar não só da saúde física, mas também da saúde mental. Buscar auxílio de profissionais de saúde mental, como psicólogos e psiquiatras, pode ser um grande diferencial no dia a dia, ajudando a lidar com questões como ansiedade, depressão e estresse, melhorando a qualidade de vida e contribuindo para a longevidade.
    A psicóloga Gisele Tridapalli afirma: “Acho fundamental que as pessoas busquem sempre o conhecimento. Como diz um colega psiquiatra, ‘o conhecimento salva’. Entender que a saúde mental é tão importante quanto a física é um passo importante na vida de alguém. Muitas vezes, quem não tem ansiedade, depressão ou outro transtorno mental não entende a importância da saúde mental, mas desejo que isso mude. Frequentemente, só valorizamos a saúde mental quando não estamos bem. O acesso ao conhecimento nessa área faz com que as pessoas busquem cada vez mais profissionais qualificados quando sentirem necessário. Então, se você não se sente bem emocionalmente, busque um psicólogo ou psiquiatra, que são os profissionais indicados. Lembre-se: saúde mental é fundamental para qualidade de vida e para a longevidade”.

    Como melhorar a qualidade de vida e o bem-estar?


    – Inclua os exercícios físicos na sua rotina:
    Incluir exercícios físicos na rotina é fundamental para manter uma boa qualidade de vida. A atividade física regular ajuda a prevenir doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e obesidade, além de melhorar a saúde mental e reduzir o estresse. Os exercícios também contribuem para manter a densidade óssea e muscular, reduzindo a probabilidade de quedas e fraturas na velhice.
    – Alimente-se de forma saudável:
    Ter uma alimentação saudável é essencial para fornecer ao corpo os nutrientes necessários para o seu bom funcionamento. Uma dieta equilibrada e variada ajuda a prevenir doenças crônicas, como diabetes, obesidade, doenças cardíacas e alguns tipos de câncer. Além disso, uma alimentação saudável pode melhorar a disposição, o humor e a qualidade do sono, garantindo uma vida mais produtiva e satisfatória.
    – Separe um tempo para o lazer:
    O lazer é importante para o controle do estresse e para a prevenção e o tratamento da ansiedade e da depressão, além de ajudar a manter um equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. É uma forma de aliviar a pressão do dia a dia, melhorar o humor e aumentar a criatividade. Além disso, atividades de lazer que envolvem outras pessoas podem melhorar as habilidades sociais e aumentar o senso de comunidade, o que é fundamental na terceira idade.
    – Exercite a mente:
    É comum pensar que o exercício físico é a única forma de manter o corpo saudável, mas é importante lembrar que a mente também precisa de atenção e estímulo para se manter em pleno funcionamento. Atividades que estimulam a mente, como jogos, leitura, aprendizagem de novas habilidades (e até mesmo contar histórias), trabalham o lado cognitivo do cérebro, melhorando a capacidade de memória, a criatividade, a resolução de problemas e a capacidade de concentração. Por isso, são ótimas aliadas para prevenir e frear o avanço de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer e a demência. 
    – Procure dormir bem:
    Não subestime a importância de uma boa noite de sono! Dormir bem é fundamental para a saúde física e mental. O sono ajuda a restaurar as funções cerebrais e corporais e a melhorar a memória e a concentração. Logo, dormir mal e/ou dormir pouco pode favorecer o surgimento de doenças cardíacas e depressão, além de levar à fadiga. Por isso, deite-se somente na hora de dormir, não faça atividades muito extenuantes logo antes de deitar e procure manter seu quarto com poucos ruídos, pouca iluminação e em temperatura agradável.
    – Dê importância à saúde preventiva:
    A saúde preventiva é um conjunto de medidas que visam prevenir o aparecimento de doenças. Realizar exames preventivos regularmente, manter a vacinação em dia e evitar fatores de risco, como tabagismo, sedentarismo, consumo excessivo de álcool e estresse, são algumas formas de prevenir doenças e manter uma boa qualidade de vida. 
    – Evite a automedicação:
    Evitar a automedicação é essencial para a longevidade, pois o uso indiscriminado de medicamentos pode causar graves efeitos colaterais e interações medicamentosas em quem já faz algum tratamento de saúde. Além disso, a automedicação, muitas vezes, pode apenas aliviar os sintomas temporariamente, não tratando a causa da doença, o que pode levar a um atraso no diagnóstico e no tratamento adequado. Por fim, é importante lembrar que cada pessoa é única e pode ter reações diferentes aos medicamentos, tornando a automedicação ainda mais arriscada.

    Resumindo a importância da longevidade

     

    Em conclusão, a longevidade é um tema cada vez mais relevante na sociedade moderna, numa época em que as pessoas estão cada vez mais interessadas em viver mais e melhor. Com o avanço da Medicina e da tecnologia, as expectativas de vida aumentaram consideravelmente, mas isso não significa necessariamente que estamos vivendo de forma saudável e plena.
    Para atingir uma longevidade saudável, é preciso adotar hábitos saudáveis desde cedo e evitar aqueles prejudiciais à saúde, como fumar, beber em excesso e ter uma vida sedentária. Outros fatores que contribuem para uma vida longa e saudável incluem manter relações sociais saudáveis, cuidar da saúde mental, ter um propósito de vida e manter a mente ativa.
    Com o aumento da expectativa de vida, a sociedade precisa se adaptar para oferecer mais oportunidades de trabalho, lazer e cuidados para a população idosa. É preciso criar um novo modelo de políticas públicas voltado para a terceira idade, com programas de saúde e assistência social e a criação de espaços e atividades para os idosos se envolverem com a comunidade e se manterem ativos.
    Alcançar uma longevidade saudável não é tarefa fácil, mas é possível com a adoção de hábitos positivos e o cuidado com o corpo e a mente. É importante que a sociedade esteja preparada para lidar com o envelhecimento da população e ofereça condições para que todos possam viver mais e cada vez viver melhor.

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