Quando pensamos em herpes, vem logo à cabeça as características bolhas nos lábios, que são as marcas da manifestação da doença na boca dos pacientes. No entanto, o vírus herpes simples também pode surgir nas regiões genitais, tanto de homens quanto de mulheres. E nos casos de herpes genital feminina, como a anatomia é “mais interna”, alguns sinais da doença podem ficar ocultos.
Lesões do herpes causam incômodo ao urinar
Infecções por herpes genital muitas vezes nem sintomas têm e, em outros casos, apenas alguns sinais leves são reconhecidos. A maioria das pessoas não sabe que tem a doença. Quando os sintomas estão presentes, ocorre a formação de pequenas bolhas vermelhas doloridas e agrupadas, que podem formar feridas.
“Essas lesões, quando presentes na entrada da vagina, irão provocar um incômodo ao entrar em contato com a água ou com a urina”, afirma a biomédica Antonia de Castro, que explica que os sinais são considerados ocultos por causa da anatomia da região genital feminina e porque o “contato íntimo das lesões com a mucosa favorece o aparecimento das lesões em regiões menos evidentes como no interior do canal vaginal, uretral, anal e perianal”.
Herpes genital feminina causa incômodo na hora de urinar
Quando o assunto é herpes genital em mulheres, além dos sinais ocultos, outro fator vale ser destacado. As mulheres são mais sensíveis ao vírus do herpes porque o contato deste com a mucosa vaginal é íntimo a intenso. “A transmissão sexual do herpes genital de homens para mulheres é muito mais eficiente que via contrário”, conta Antonia.
Herpes genital feminino pode ser transmitido no parto
O herpes feminino é transmitido principalmente por via sexual desprotegida, sem camisinha, quando se tem o contato com a superfície genital com feridas ou com o contato com fluidos de pessoas infectadas com o vírus. Podendo, também, ser transferido sem a presença de sintomas.
Outra forma de transmissão é durante o parto. O contágio vertical acontece durante o parto quanto o bebê passa pelo canal vaginal e entra em contato com o vírus presente em secreções nesta região. “No entanto, é uma transmissão pouco comum e as mulheres diagnosticadas podem receber o tratamento independentemente do trimestre de gestação”, ressalta Antonia.
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