Ele chega devagar, provocando coceira, formigamento e desconforto, mas logo se transforma em bolhas e lesões visíveis nos lábios e ao redor do nariz e da boca. O herpes labial é uma infecção contagiosa normalmente causada pelo vírus herpes simples tipo 1.
Quando não houve contato anterior com o vírus, situação conhecida como infecção primária, o herpes pode provocar febre, inchaço no pescoço e dor no corpo, de 10 a 14 dias. Depois disso, a quantidade de sintomas diminui, como informa o infectologista Leonardo Weissmann: “A dor e as bolhas podem voltar, mas os outros sintomas não costumam aparecer novamente. Além disso, são geralmente mais leves e não duram tanto tempo.”
Toques contagiosos
O contato entre pessoas é a principal forma de transmissão do vírus do herpes, seja diretamente, como num beijo, ou indiretamente, por talheres, copos e batons infectados. Weissmann explica a melhor maneira de se prevenir: “Deve-se evitar contato com lesões de herpes e evitar compartilhar utensílios, canudos, copos ou outros itens, se alguém tem herpes oral.”
A infecção não tem cura e o tratamento visa diminuir a sensação de dor e desconforto nos pacientes. Pomadas e comprimidos antivirais são eficazes e podem ser utilizados se o indivíduo perceber a chegada de uma crise de herpes, por meio de coceira ou queimação. “O objetivo do tratamento é abreviar as crises e aliviar a dor. Se aplicado a tempo, o remédio inibe a reprodução do vírus e evita a criação de ferimentos na camada mais superficial da pele”, afirma o infectologista.
Proteção para os lábios
É importante utilizar protetores labiais, já que a exposição ao sol é um dos gatilhos mais comuns para a reativação do herpes. Se não tratado, pode provocar complicações no corpo, como a reincidência de lesões, a disseminação do vírus para outras áreas da pele e infecções bacterianas secundárias. Na maioria das pessoas, as lesões e bolhas se cicatrizam em uma ou duas semanas.