O herpes genital é uma das doenças sexualmente transmitidas com maior número de diagnósticos. A infecção é causada pelo vírus herpes simples, o mesmo que causa o herpes labial. O vírus se divide em dois tipos: o tipo 1, mais relacionado à doença labial, e o tipo 2, mais encontrado no herpes genital.
No entanto, o herpes genital pode ser causado pelos dois tipos. “A quantidade de lesões na genitália causadas pelo vírus 1 cresce a cada ano, porém o herpes simples tipo 2 ainda é o mais ligado às lesões repetitivas do herpes genital”, ressalta o infectologista Gustavo Kawanami.
Como são os sintomas
Nas primeiras manifestações do vírus, os sintomas costumam aparecer sete dias após o contato com o parceiro portador. Kawanami explica que “comumente, há dor genital, coceira e dor ao urinar ou evacuar” e complementa: “Em alguns casos, pode haver saída de secreção pela uretra e aumento dos linfonodos da virilha.”
Depois dos sintomas iniciais, formam-se pequenas feridas que variam de um a dois milímetros de diâmetro na glande ou nos pequenos e grandes lábios. Lesões nas nádegas, coxas e na bolsa escrotal são menos comuns. Já nos casos de recorrência do vírus, o quadro é um pouco diferente. “Há dor e queimação no local antes do aparecimento de feridas dolorosas, que costumam durar aproximadamente cinco dias ou mais”, explica o infectologista.
É fundamental se prevenir
Como não há tratamento que cure o herpes genital, a prevenção torna-se a principal atitude contra o vírus. Para a proteção contra a doença, recomenda-se a utilização rotineira dos preservativos masculino ou feminino. Se o parceiro ou parceira tiver lesões visíveis, é importante evitar o contato. No caso de gestantes, elas devem informar o obstetra sobre a presença do vírus para impedir que ele chegue ao bebê.
Dr. Gustavo Hideki Kawanami é infectologista, graduado pela Universidade Estadual de Campinas e atua em Bauru (SP). CRM-SP: 107879.