A endometriose é uma doença em que as células do endométrio, camada que reveste o útero internamente, se desenvolvem em outros órgãos do corpo feminino, como bexiga, trompas e intestino (neste último caso, a doença ganha o nome de endometriose intestinal). Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o problema afeta uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva. No entanto, muitas delas demoram a descobrir que têm endometriose. Por que isso acontece? Descubra!
Endometriose pode ser assintomática
“Muitos casos são de mulheres que têm endometriose assintomática e, por isso, elas acabam demorando para diagnosticar a doença. Muitas têm o diagnóstico apenas durante a investigação da infertilidade”, explica a ginecologista Raphaella Silveira. A endometriose, no entanto, também pode manifestar alguns sintomas, como cólica menstrual intensa, dor na relação sexual, alterações urinárias ou intestinais durante o período menstrual e infertilidade.
Em geral, o diagnóstico leva em consideração o quadro clínico de dor e dificuldade para engravidar, mas Dra. Raphaella esclarece que a confirmação da doença depende de exames específicos. “As principais formas de confirmar a doença são: ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal, ressonância nuclear magnética da pelve e videolaparoscopia”, cita a médica.
Como é feito o tratamento para endometriose?
A endometriose pode ser classificada em três tipos: leve, moderada e grave. O tratamento varia de acordo com cada caso e costuma ser feito com medicações ou por intervenção cirúrgica. Os medicamentos são usados para frear a progressão da doença e controlar os sintomas. Já a cirurgia de endometriose pode ser indicada nos casos em que é necessário remover as áreas afetadas ou retirar os dois ovários.
Os principais fatores de risco associados ao surgimento da endometriose são menstruação precoce na infância, ciclo menstrual longo, com menstruação que dura sete dias ou mais, nunca ter tido filhos e anormalidades no útero. Apesar de não haver métodos de prevenção comprovados cientificamente, é recomendado manter uma dieta equilibrada, evitar situações de estresse e praticar exercícios físicos para ajudar a controlar dos sintomas e melhorar a qualidade de vida da paciente.
Dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo): https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/126-endometriose-e-fiv