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Como agem os medicamentos que tratam a depressão?

Depressão

Por Dra. Luciana Cristina Gulelmo Staut

19 de outubro de 2023

A depressão é uma doença doença psiquiátrica cuja característica mais conhecida é a profunda tristeza sentida pelos pacientes. Outros sintomas que você pode experimentar são cansaço, pessimismo, desânimo, mudanças de humor e até alterações no apetite. Parte do seu tratamento é baseada em hábitos saudáveis e terapia, mas o uso de medicamentos também é essencial para o sucesso do combate ao distúrbio. Portanto, siga sempre a recomendação médica.

Medicações antidepressivas regulam os neurotransmissores


“Os medicamentos antidepressivos são compostos por diversas classes farmacológicas de medicamentos, ou seja, cada um atua à sua maneira. Mas, de modo geral, os medicamentos antidepressivos agem na modulação dos principais neurotransmissores:
serotonina, dopamina e noradrenalina”, afirma a psiquiatra Luciana Staut.

O desenvolvimento da depressão no seu cérebro está relacionado a modificações químicas que resultam na alteração da quantidade desses neurotransmissores, responsáveis por transmitir impulsos nervosos. Mudanças na noradrenalina e na dopamina, por exemplo, podem resultar no humor deprimido e na falta de interesse, enquanto a perda de peso na depressão está ligada à falta de serotonina. Os antidepressivos buscam normalizar os níveis dos neurotransmissores.

Antidepressivos podem demorar algumas semanas para surtir efeito


No entanto, você precisa ter em mente que os efeitos dos medicamentos não são instantâneos. “Em geral, a resposta terapêutica aparece depois de uma ou duas semanas de
uso continuado da medicação em dose adequada. Para que surjam os efeitos, é necessária uma preparação desses neurônios para que essa maior quantidade de neurotransmissores possa ser captada”, lembra a especialista.

Esse processo de regulação que determina o tempo para a medicação fazer efeito pode variar de pessoa para pessoa. “No caso dos medicamentos antidepressivos que são utilizados para auxiliar no sono, por exemplo, esse efeito pode ser observado já no primeiro dia de uso, visto que se trata de um efeito adverso que usamos a favor do tratamento, mas a melhora do quadro de humor demorará alguns dias para aparecer”, diz Luciana.

Dra. Luciana Cristina Gulelmo Staut é psiquiatra, formada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e atende em Cuiabá (MT). CRM-MT: 6734

Foto: Shutterstock

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