Se você tem o costume de ler nossos artigos aqui no Cuidados Pela Vida, provavelmente já sabe que a vitamina D é um nutriente produzido pelo próprio corpo humano a partir da exposição à luz solar. No verão, esse processo, também chamado de síntese de vitamina D, fica super em alta, afinal, é muito fácil encontrar praias e piscinas cheias de pessoas se refrescando e se bronzeando sob os raios do sol.
Mas, com o fim da estação mais quente do ano e a queda das temperaturas, principalmente na Região Sul do país, os brasileiros deixam de frequentar esses ambientes e procuram locais mais protegidos contra o frio e o vento. A menor incidência dos raios solares no outono e no inverno pode acabar diminuindo o estoque de vitamina D no corpo, o que pode ser um problema para a saúde.
Falta de vitamina D pode prejudicar a imunidade
A nutricionista Carla Cotta explica como as baixas quantidades de vitamina D podem prejudicar a saúde: “A deficiência de vitamina D pode levar a problemas ósseos, problemas musculoesqueléticos, queda de cabelo e menor eficiência imunológica ainda não completamente esclarecida”. Nos ossos, este nutriente é fundamental para a fixação do cálcio. Sem ele, há maior risco, por exemplo, de desenvolver osteoporose.
Como citado pela especialista, a deficiência de vitamina D também está ligada a dificuldades que o sistema imunológico encontra em combater doenças e infecções. Isso pode ser problemático no outono e no inverno, estações conhecidas pelo aumento nos casos de gripe, resfriado e outras doenças respiratórias, como a asma.
Quando a suplementação de vitamina D é recomendada?
De acordo com a nutricionista, é preciso avaliar individualmente se há necessidade de suplementação de vitamina D nos casos em que não é possível fazer a exposição adequada ao sol. “Normalmente, em países frios, onde há menor exposição à luz solar, faz-se necessária a suplementação. As mulheres no período de perimenopausa e menopausa, com risco de osteoporose e/ou que já estão em processos de osteopenia e osteoporose devem ser avaliadas com critérios diferenciados e a suplementação deve ser específica para auxiliar no tratamento”, afirma Carla.
Gestantes e pacientes com doenças ósseas também podem se beneficiar da suplementação de vitamina D. Além disso, a reposição deve ser monitorada e ajustada quando necessário. “A SBEM e a SBPC recomendam valores de referência estratificados de acordo com a idade e características clínicas individuais”, explica a profissional, que conta quais são os parâmetros de referência mais aceitos hoje:
– Deficiência de vitamina D: quantidade menor que 20 ng/mL detectada no sangue;
– adequado para a população em geral com menos de 65 anos: entre 20-60 ng/mL;
– adequado para indivíduos com condições vulneráveis, gestantes, doenças ósseas e fraturas prévias: 30-60 ng/mL;
– risco de intoxicação: quantidade maior que 100 ng/mL.