A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma condição que causa a obstrução progressiva dos brônquios, as vias aéreas inferiores, e, nos casos de enfisema pulmonar, a destruição dos alvéolos de uma forma irreversível. Mais de 90% dos casos da doença se relacionam ao tabagismo, mas será que só o cigarro é capaz de provocar a doença ou cachimbos e charutos também são fatores de risco para DPOC? Descubra!
Outros hábitos de fumo também são fatores de risco para DPOC
De acordo com o pneumologista Igor Nery, outros hábitos de fumo também são prejudiciais e representam um risco a saúde. “Cachimbos, charutos e narguilés, assim como todos os dispositivos que promovem a combustão do tabaco e sua consequente inalação, são fatores de risco para DPOC. O cachimbo e o charuto geram, além do comprometimento pulmonar, uma tendência maior ao câncer de boca e laringe”, alerta o profissional.
O médico afirma que é imprescindível a abstenção de hábitos de fumo para o tratamento. “A permanência da agressão e o acúmulo cada vez maior de substâncias agressivas aos pulmões promovem um aumento na velocidade de progressão da doença mesmo com o uso das medicações e isso põe em risco a eficiência do tratamento”, explica o especialista.
Sintomas aparecem em casos avançados de DPOC
Por ser uma doença em que os primeiros sinais aparecem de forma lenta e discreta, o diagnóstico muitas vezes é feito apenas em quadros já bem avançados. O principal sintoma é a falta de ar, que pode surgir durante atividades simples, como ao subir a escada e ao praticar esportes. Crises de tosse com catarro, chiado, aperto no peito, cansaço e uma maior tendência a desenvolver infecções respiratórias também são sinais associados à DPOC.
O controle dos sintomas é um componente primordial para a melhora da qualidade e da expectativa de vida do paciente, o que pode ser feito com o uso de broncodilatadores e com a prevenção das crises de DPOC. As mudanças no estilo de vida e a vacinação contra infecções respiratórias reduzem o risco de complicações, como pneumonia, broncopneumonia, embolia pulmonar, infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). Vale lembrar que essas medidas devem ser feitas sempre sob orientação médica.