O herpes é um vírus muito comum entre as pessoas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), 99% da população adulta já desenvolveu imunidade na infância até a adolescência, se tornando assintomática ou resistente ao vírus pelo resto da vida. Naqueles que não tiveram o mesmo destino e carregam o vírus do herpes mas em estado de latência no organismo, as lesões de herpes na pele podem surgir por meio de uma série de gatilhos.
Entre eles, estão: casos de baixa imunidade, alterações hormonais e exposição prolongada aos raios solares sem proteção. Mas, além desses, é possível que pessoas com problemas psicológicos, como a ansiedade, tenham mais crises de herpes do que o costume? Para esclarecer essa dúvida, entrevistamos a dermatologista Vanessa Kodani. Confira!
O que causa as crises de herpes?
De acordo com a médica, basta uma baixa na imunidade do organismo para levar a reativação do vírus do herpes, que se manifesta em crises de lesões em forma de vesícula. “A principal causa dessa queda no sistema imunológico é o desequilíbrio emocional, causado pela ansiedade, depressão, preocupação e medo”, afirma a dermatologista. Esses problemas psicológicos podem estar associados ou não a outros fatores externos, como a intensa exposição solar, , alterações do sono e alguns vícios.
Quem tem ansiedade têm mais chances de ter crises de herpes?
Como Dra. Vanessa disse anteriormente, a ansiedade funciona como um causador da baixa imunidade: “O indivíduo ansioso viveria no limite do seu equilíbrio emocional, fazendo com que pequenas alterações externas facilitem a ativação da crise”. Dessa forma, esse paciente conviveria com lesões de herpes – caracterizadas como pequenas bolhas que coçam, ardem e estouram, formando feridas – em uma frequência maior.
O que um paciente ansioso pode fazer para evitar as crises de herpes?
Nestes casos, a base do tratamento é o controle da ansiedade. “Isso pode ser feito com sessões de terapia para resolver as questões psicológicas e emocionais do transtorno”, aponta a médica. Diminuir a exposição a fatores externos, como tomar banho de sol sem proteção, má alimentação, vícios e sono inadequado, também previne a formação das bolhas de herpes. O truque é melhorar a qualidade de vida praticando atividades físicas, se alimentando bem, ingerindo uma boa quantidade de água e fazendo meditação. Essas são algumas medidas que a dermatologista recomenda.
Como é o tratamento do herpes?
Além das indicações já citadas, Dra. Vanessa explica que, de maneira geral, o herpes é tratado com “antivirais sistêmicos ou tópicos, dependendo da gravidade e evolução da crise, além de medidas de melhoria da qualidade de vida para aumentar a imunidade do organismo”. Outra abordagem é o uso de medicamentos com lisina, um aminoácido que ajuda a espaçar os intervalos entre as crises.
Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD): https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/herpes/68/