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    Herpes genital x labial: qual a diferença?

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    Para muitas pessoas o herpes é um problema associado à boca por ser conhecido, de forma errada, como a “doença do beijo”. Mas o que muitos não sabem é que ele pode atingir as mais diversas partes do corpo e, além dos lábios, os órgãos genitais são uma área comum de infecções.

    Existem dois tipos de vírus e cada local é normalmente associado a um deles: o HSV-1 tende a se manifestar nas infecções dos lábios, boca e rosto, enquanto o HSV-2 costuma atingir os órgãos genitais. Porém, como essa infecção é transmitida de pessoa para pessoa pelo contato de pele, os casos de herpes genital causados pelo HSV-1 têm aumentado devido à prática do sexo oral sem proteção. Quando isso ocorre, na maioria dos casos, os sintomas costumam ser mais leves que os causados pelo HSV-2 e a recorrência de crises é menor, assim como é rara a recorrência do HSV-2 na região da boca.

    Similaridades entre os vírus

    Tanto o herpes oral quanto o genital podem se manifestar através de bolhas, quando há crises. Surgem vesículas, que são bolhas pequenas, com conteúdo claro e transparente sobre uma área de pele avermelhada. Essas vesículas evoluem para feridas, depois para cascas e, finalmente, desaparecem. Ambos os tipos de herpes têm tendência à recorrência das lesões, porém a frequência é cerca de quatro vezes maior no caso do herpes genital.

    Além das bolhas e feridas, o herpes também pode apresentar sintomas que não são aparentes, como a sensação de formigamento e coceira antes do aparecimento da vermelhidão e das bolhas. Isso acontece porque o vírus atinge tanto a pele quanto o nervo.

    O herpes genital

    No herpes genital, outros sintomas não aparentes também podem incluir ardência e dores musculares, principalmente nas costas, nas nádegas e nas coxas, além de febre e apetite reduzido. Algumas pessoas se queixam ainda de dor ao urinar.

    Em mulheres, quando as lesões estão localizadas na entrada da vagina podem provocar incômodo ao entrar em contato com a água ou com a urina. Como a anatomia da região genital feminina é mais interna, alguns sinais podem ficar mais ocultos, pois o contato íntimo das lesões de um parceiro infectado com a mucosa favorece o aparecimento das feridas em regiões menos evidentes como no interior do canal vaginal, uretral, anal e perianal.

    Para prevenir esse tipo de herpes, então, é importante usar camisinha em todas as relações sexuais, inclusive no sexo oral, já que não é possível ter certeza sobre quem tem ou não a doença. Estima-se que de 15-40%* das pessoas portadoras do vírus manifestem o herpes alguma vez na vida e isso depende de inúmeros fatores, como genética, imunidade e estilo de vida.

    Como devemos tratar o herpes simples?

    Uma vez que alguém se torna portador do vírus (seja qual tipo for), este fica no gânglio nervoso até que haja um momento propício para se manifestar. No caso do herpes genital, as crises podem ser desencadeadas pela fase do ciclo menstrual, atividades que provoquem atrito na área genital (relação sexual, andar de bicicleta, spinning, roupas íntimas apertadas) e estresse. Já no caso do herpes oral, uma baixa na imunidade, estresse e o excesso de exposição ao sol podem ser gatilhos para uma nova crise.

    Em geral, tanto no HSV1 como no HSV2, o tratamento passa pelo uso de medicação antiviral, oral ou tópica (comprimidos ou pomadas, respectivamente), a critério do médico, que deve ser iniciada o mais cedo possível minimizando os sintomas e as chances de transmissão. O processo dura de uma a duas semanas (7 a 14 dias).

    Caso a cicatrização demore, o médico poderá recomendar o uso de outros cremes. Porém, tanto para o herpes genital quanto para o labial, o conselho é o mesmo: prevenção. Cuidar da alimentação, fortalecer a imunidade, usar filtro solar e lidar melhor com o estresse podem diminuir a incidência de crises.

    Além disso, é bom evitar alimentos ricos em arginina, como leite, iogurte, bacon, presunto, nozes e castanhas, por exemplo, já que esse aminoácido pode acelerar a replicação viral. Outra dica é a suplementação de lisina, um aminoácido que pode ser encontrado na alimentação, mas que, em doses mais concentradas, é eficaz no controle da doença e diminuição dos sintomas.

    Fonte:
    Cuidados pela Vida. Quais fatores determinam onde vão aparecer as feridas do herpes? Disponível em https://cuidadospelavida.com.br/blog/post/quais-fatores-determinam-onde-vao-aparecer-as-feridas-do-herpes. Acesso em 30 de ago. 2018.
    Cuidados pela Vida. Herpes genital: como são as bolhas que caracterizam a doença? Disponível em: https://cuidadospelavida.com.br/blog/post/herpes-genital-como-sao-as-bolhas-que-caracterizam-a-doenca. Acesso em 30 de ago. 2018.
    Cuidados pela Vida. O vírus do herpes labial é o mesmo do genital? Disponível em: https://cuidadospelavida.com.br/meu-corpo/pele/o-virus-do-herpes-labial-e-o-mesmo-do-genital. Acesso em 30 de ago. 2018.
    Fatahzadeh, M.; Schwartz, R. A. Human herpes simplex virus infections: Epidemiology, pathogenesis, symptomatology, diagnosis, and management. J AM ACAD DERMATOL, V. 57, N. 5, 2007.
    *(Despite the high prevalenceof HSV1 in the population, only 15% to 40% of seropositive patients ever experience symptomatic- doi:10.1016/j.jaad.2007.06.027)

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