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    Quais são os tipos de esquizofrenia que existem?

    Esquizofrenia
    Sintomas

    Por Dr. Miguel Angelo Boarati

    23 de fevereiro de 2017

    Dentre os principais transtornos psiquiátricos existentes, a esquizofrenia talvez seja o mais complexo, pois se caracteriza por alterações cerebrais no paciente que podem ser brutais a ponto do tratamento pouco ajudar a controlar o quadro. Existem quatro tipos de esquizofrenia, cada qual com suas particularidades e intensidades distintas.

    Esquizofrenia paranoide é a mais comum


    De acordo com o psiquiatra Miguel Boarati, os quatro tipos de esquizofrenia são: paranoide, hebefrênica, catatônica e indiferenciada. “A mais comum é a paranoide, que se caracteriza por predominância de delírios persecutórios e bizarros, além de alucinações, enquanto a mais grave e com o tratamento mais difícil é a hebefrênica, marcada por isolamento social, embotamento afetivo e deterioração global”.

    “Na catatônica, o paciente fica parado, com olhar perdido e flexibilidade cérea, sendo esta também bastante grave. Já a indiferenciada agrupa características presentes em todos os outros tipos”, continua o médico. Ele frisa ainda que, apesar da esquizofrenia paranoide ser considerada menos grave, ela não é mais branda. “A diferença é que conta com um padrão de resposta ao tratamento bastante satisfatório”.    

    Todos os tipos de esquizofrenia precisam de medicação


    Por outro lado, a hebefrênica possui uma resposta muitas vezes insuficiente ao tratamento medicamentoso e de reabilitação, “além de evoluir mais frequentemente para um processo de deterioração cognitiva”. Miguel afirma ainda ser possível que o paciente desenvolva outras doenças em função da esquizofrenia. “Após um surto psicótico podem surgir quadros depressivos, manifestação de dependência química e ansiedade”.

    Em relação ao tratamento do distúrbio, a orientação é que haja uma associação entre utilização de remédio controlado e terapia psicossocial. “Mas em nenhum caso o paciente com esquizofrenia poderá ficar sem o tratamento medicamentoso, pois do contrário ele terá novos surtos psicóticos e a doença irá progredir. O tratamento medicamentoso não é o único a ser realizado, mas ele é essencial”, conclui.

     

    Foto: Shutterstock

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