Indiferença, alucinações, fala e pensamento desorganizados e comportamento motor incomum são alguns dos sintomas da esquizofrenia. O transtorno psiquiátrico é grave e causa prejuízos à saúde de um indivíduo, desconectando-o da realidade em que vive. Estima-se que 1% da população mundial sofra com o problema.
O que é a esquizofrenia catatônica
Um dos tipos do distúrbio é conhecido como esquizofrenia catatônica. É um dos menos comuns e se caracteriza pela pouca fala, falta de interação com as pessoas ao redor, recusa em se alimentar, movimentos corporais estranhos ou até redução da atividade motora. O paciente pode permanecer imóvel, quieto e com expressão facial de indiferença durante horas.
“Ela é diferente das demais formas porque apresenta poucos sintomas psicóticos, característicos da esquizofrenia paranoide, e não é centrada na desorganização do pensamento, como a esquizofrenia hebefrênica”, afirma o psiquiatra Eduardo de Castro Humes.
O tratamento para o distúrbio
A catatonia pode ser causada por diversas doenças, incluindo algumas associadas ao risco de morte. Para Humes, parte fundamental do tratamento é a investigação dessas causas clínicas. A esquizofrenia catatônica pode dificultar o dia a dia do indivíduo, como explica o psiquiatra: “A imobilidade dos pacientes envolve riscos, como o surgimento de escaras e tromboses. Assim, o paciente deve se movimentar rotineiramente.”
A base do tratamento para esse tipo de esquizofrenia é o mesmo dos outros. São utilizados medicamentos antipsicóticos para tentar impedir o retorno dos sintomas. No início, entretanto, a eletroconvulsoterapia (ECT) também pode ser utilizada, com o objetivo de acelerar a resposta ao tratamento. O método é seguro, eficaz e provoca uma pequena convulsão por meio de estímulos elétricos na cabeça.
Dr. Eduardo de Castro Humes é psiquiatra e psicoterapeuta formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). CRM-SP: 108239