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    Ouvir música pode ajudar a controlar picos de ansiedade no dia a dia?

    Ansiedade

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    Em níveis exagerados, a ansiedade é considerada patológica e pode prejudicar a saúde de qualquer pessoa. Os diferentes quadros de ansiedade devem ser acompanhados por um especialista, que indicará as melhores formas de tratamento, o que pode incluir o simples hábito de ouvir música, uma prática que pode ajudar a controlar picos de ansiedade no dia a dia.

    Ouvir música reduz estresse e tensão muscular


    “Os estudos mostram que a musicoterapia pode contribuir, em várias condições, para promover a saúde mental e aliviar algumas patologias mentais, como em transtornos de ansiedade, em crianças e adolescentes com dificuldade de desenvolvimento e aprendizagem, problemas de abuso de substâncias e mal de Alzheimer”, afirma a psiquiatra Ana Paula Bechara Marquezini Gazolla.

    Para os casos de transtornos de ansiedade, a música pode ajudar a reduzir o estresse e a promover uma sensação de bem-estar, graças à liberação da endorfina, um neurotransmissor capaz de melhorar o humor e de auxiliar no controle da dor. As técnicas utilizadas pela musicoterapia também colaboram para relaxar o corpo, prevenindo a tensão muscular, um dos sintomas causados pela ansiedade.

    No tratamento da ansiedade, música deve ser associada ao uso de medicações


    A música também pode se tornar um aliado na luta contra a
    insônia, outro sintoma dos transtornos de ansiedade. “O som pode contribuir para o relaxamento e induzir emoções positivas, facilitando a chegada do sono, mas depende do estilo da música. A recomendação é ouvir música calma e suave, que ajuda a relaxar e embalar o sono”, diz o neurologista e especialista em Medicina do Sono Shigueo Yonekura.
    No entanto, ouvir música não deve ser a única medida para tratar a ansiedade. “Nos casos de ansiedade moderada e grave, o tratamento medicamentoso deve estar sempre associado. A musicoterapia seria um adjuvante, fazendo parte da terapia não medicamentosa”, explica Ana Paula. O uso de remédios, a psicoterapia e técnicas de meditação devem ser considerados pelo médico e pelo paciente.
    Dra. Ana Paula Bechara Marquezini Gazolla é psiquiatra com residência médica pelo Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia (MG). CRM-SP: 165290
    Dr. Shigueo Yonekura é especialista em Medicina do Sono pelo Hospital das Clínicas da USP e é neurologista do Instituto de Medicina do Sono de Campinas e Piracicaba. CRM-SP: 44519
    Foto: Shutterstock

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