Por que a atividade cognitiva ajuda a reduzir o risco do desenvolvimento do mal de Alzheimer?
REDAÇÃO CUIDADOS PELA VIDA /
- COLABORARAM NESTE CONTEÚDO:
- Dr. José Eduardo Martinelli
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A atividade cognitiva é fundamental para reduzir o risco do desenvolvimento do mal de Alzheimer, pois o exercício da mente com práticas intelectuais minimamente complexas ao longo da vida a torna mais resistente a danos cerebrais. Essas mesmas práticas também devem ser estimuladas nos indivíduos que já apresentam a doença, como forma de complementar o tratamento.
Atividades que ajudam a prevenir o Alzheimer
“Atividades como sociabilidade, intelectualidade e escolaridade ajudam a reduzir o risco de desenvolver a demência da doença de Alzheimer, porque propiciam a criação de novas conexões sinápticas que vão dar origem ao conceito de reserva cognitiva, que significa a resistência da mente às lesões cerebrais”, explica o geriatra José Eduardo Martinelli.
Segundo o especialista, existem vários fatores associados à obtenção de uma boa reserva cognitiva e dentre os mais importantes estão: a educação e o interesse pela cultura; desempenhar um trabalho que exija esforço intelectual; contar com uma rede ampla de relações sociais; exercício físico moderado diário; ler de forma habitual; e praticar atividades intelectuais complexas, como tocar um instrumentos musical ou aprender um idioma.
Tratamento do Alzheimer conta com a prática de atividades cognitivas
Em relação às pessoas que já desenvolveram a doença, o incentivo a essas atividades cognitivas deve ser ainda maior, visto que o processo de desgaste mental já foi iniciado. É comum que aqueles com alteração cognitiva recusem essas atividades e por isso o cuidador (familiar) deve insistir para que eles interajam mais com os entes queridos e realizem atividades estimulantes que costumavam gostar de fazer e até apresentavam certa habilidade.
“Dentro da terapêutica não medicamentosa, a estimulação cognitiva é a mais importante para retardar a evolução da doença, sendo praticada das mais variadas formas. Na minha opinião, a mais eficaz é contar com uma ampla rede de relações sociais, porque a partir dela é que surgem todas as outras possibilidades de estimulação. Quanto maior o isolamento do paciente, mais rápido a doença evolui”, completa Martinelli.
Foto: Shutterstock
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Dr. José Eduardo Martinelli
Geriatria
CRM: 27875 / SP
- 4 comentários para "Por que a atividade cognitiva ajuda a reduzir o risco do desenvolvimento do mal de Alzheimer?"
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José Alves de Souza neto
Nós como entendedor do assunto precisamos e ajudar mesmo e começar a dar dicas de leitura e jogos q estimulam a mente dessas pessoas
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Margot
Recebi recomendações do Psiquiatra, que me acompanha, Dr. Thiago Bonfim ,(HC Ribeirão Preto/SP), para eu praticar “caça palavras”, não consigo pois não tenho ” paciência “, mas de todas as coisas que eu gostava de fazer tipo : ver filmes, agora fico dispersa com facilidade e acabo não vendo tudo, gostava de falar com amigos , mas não me sinto confiante como antes e optei por mantê los a distância, pois já percebo certa dificuldade para manter conversação, pois às vezes não consigo achar as palavras certas ( mesmo estando dentro da minha cabeça, não consigo acessá las) percebo também que ao pronunciar algumas palavras elas saem erradas. Então sempre gostei de escrever e fazer leitura , desta forma procuro cada vez mais praticar a leitura e a escrita pois pra mim no momento faz uma diferença muito grande, é a maneira na qual vejo um mundo de possibilidades reais ao menos me faz sentir ” conectada comigo mesma”. Hoje tive uma experiência diferente, dentro do contexto desta doença, não consegui executar algumas orientações durante a realização de alguns exames de RX, não porquê eu não entendia, mas porquê eu fiquei confusa com o técnico falando o que eu deveria fazer. Ultimamente percebo que fico confusa e meio agitada com mais facilidade, basta ter uma ou mais pessoa(s), falando próxima ou comigo. Faço avaliações mensais, e continuo com tratamento medicamentoso.
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