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    Fazer palavras cruzadas pode ajudar na luta contra o mal de Alzheimer?

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    Algumas atividades e atitudes podem ajudar no tratamento do mal de Alzheimer. Entretanto, fazer palavras cruzadas não é uma delas. “Fazer palavras cruzadas não é a melhor maneira, porque com o tempo de prática desse exercício e, pelo fato deles se repetirem com muita frequência, as respostas vão se tornando automáticas, não exigindo raciocínio na sua realização”, afirma o geriatra e pneumologista José Eduardo Martinelli.

    Leitura é uma das atividades recomendadas no tratamento do Alzheimer


    O especialista diz que as palavras cruzadas são consideradas um passatempo, assim como o jogo de paciência com o baralho. Como os portadores de demência da doença de Alzheimer não conseguem praticá-lo, a brincadeira não ajuda muito no tratamento ou na evolução do problema. Por outro lado, a leitura é uma peça importante na luta contra a doença.

    “Selecione um artigo curto de maior interesse, peça para que o doente leia atentamente e questione sobre o que leu. Caso não consiga fazer isso, peça para que leia duas vezes e questione novamente”, recomenda Martinelli. Além disso, o médico aconselha mostrar fotos de viagem e pedir para que o paciente identifique os lugares e as pessoas das fotos.

    Ver filmes ajuda a retardar o avanço do mal de Alzheimer


    Outra prática bastante indicada para auxiliar o tratamento não medicamentoso é a exibição de filmes. Um amigo ou familiar deve assistir junto, para questionar o paciente sobre o que ele foi capaz de reter. Além disso, é importante pedir informações sobre o nome dos atores e sobre o que cada personagem representou na história. Estes pequenos “questionários” devem ser feitos, idealmente, em intervalos de 20 a 30 minutos durante o filme.

    De acordo com o especialista, todos os membros da família devem estar envolvidos no tratamento. “O mais importante é a participação de todos, para que o doente não se sinta abandonado. Seu comportamento e atitudes vão cansar os familiares, principalmente os mais próximos. É fundamental ter paciência com o paciente e lhe oferecer apoio”, completa Martinelli.

     


    Foto: Shutterstock

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