Depois de receber o diagnóstico da asma, é muito importante seguir as medidas indicadas pelo médico. O tratamento feito corretamente devolve a qualidade de vida do paciente, minimizando as crises de falta de ar e outros sintomas. Entretanto, o desenvolvimento da DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) durante o tratamento pode prejudicar o prognóstico do paciente.
DPOC piora falta de ar em paciente com asma
Segundo o pneumologista José Roberto Megda Filho, a asma não se transforma em DPOC, nem facilita o desenvolvimento da doença. O que pode acontecer é o paciente asmático, durante o seu tratamento, ser diagnosticado também com DPOC.
A DPOC é um conjunto de doenças formado principalmente pelo enfisema pulmonar e pela bronquite crônica e leva anos para se instalar. É causada quase exclusivamente pelo hábito de fumar e pelo contato com fumaça e outros tipos de poluição ambiental.
Essa dupla de doenças afeta as vias aéreas, formadas pelos brônquios e pelos bronquíolos. “Essa somatória de duas doenças acometendo o mesmo local prejudica muito o paciente porque aumenta o risco de falta de ar e de crises e aumenta o risco de destruição do tecido do pulmão. É uma somatória muito maléfica ao paciente”, alerta o especialista.
Como é feito o tratamento da asma e da DPOC?
Para evitar que isso aconteça, é importante se dedicar ao tratamento proposto. “Quando o paciente tem as duas doenças, o tratamento deve ter corticoide inalado e também o broncodilatador. A asma precisa do corticoide como primeira terapia, enquanto o broncodilatador é a base do tratamento da DPOC”, informa o pneumologista.
Outra medida imprescindível para o sucesso do combate à DPOC é abandonar os cigarros. O fim do hábito de fumar reduz o ritmo da piora da saúde do sistema respiratório. Vale lembrar também da vacina da gripe, que evita que o paciente adquira um terceiro problema de saúde.
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