Algumas doenças respiratórias, como a asma e a bronquite, provocam a inflamação das vias respiratórias e bloqueiam a passagem de ar do nariz para os pulmões. A falta de oxigênio impede o funcionamento adequado do organismo, mas os pacientes podem utilizar um broncodilatador para tratar o problema.
O pneumologista Rodrigo Athanazio compara o sistema respiratório humano com um sistema de tubulação formado por anéis musculares: quando expostos a substâncias irritativas, os músculos se contraem e atrapalham a circulação do ar. “Os broncodilatadores são medicamentos que atuam nos brônquios, levando ao seu relaxamento e, consequentemente, ao aumento do calibre das vias aéreas”, explica o médico. Boa parte das doenças que atingem o trato respiratório pode ser tratada com esses remédios, como asma, enfisema, bronquiolite e bronquite crônica.
Broncodilatadores podem ser de curta ou longa duração
Os medicamentos broncodilatadores são divididos em duas categorias. “Os de curta duração são mais usados para alívio imediato dos sintomas. Costumamos chamar de terapia de resgate, quando o paciente deve usá-los para tratamento de uma piora dos seus sintomas em relação ao que está acostumado a sentir”, afirma o pneumologista. Sua ação tem início rápido e não dura mais que quatro horas.
Por outro lado, os broncodilatadores de longa duração têm efeito mais duradouro, em torno de 12 horas, que pode chegar até a 24 horas, como é o caso dos medicamentos desenvolvidos recentemente. Eles devem ser usados como terapia de manutenção, para controle contínuo dos sintomas das doenças respiratórias. Por causa de seu efeito mais lento, que leva alguns minutos para atingir o ápice da ação, eles não são indicados para tratar crises.
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