A produção de gases no intestino e a sua liberação são processos considerados normais. Acontecem com todo mundo, especialmente após as refeições. Porém, em alguns casos, a ocorrência se dá de maneira excessiva, o que pode ser bastante incômodo, principalmente se estiver associada a sintomas como dor ou distensão abdominal, flatulência excessiva e odor desagradável.
Liberação de gases durante as refeições
“Os gases intestinais são produzidos, principalmente, pelas bactérias que vivem no intestino e que ajudam na digestão dos alimentos. Portanto, é natural que após as refeições seja produzida maior quantidade de gases. Como o almoço é a principal refeição do brasileiro, é o momento em que é produzida a maior quantidade de gases intestinais”, explica o gastroenterologista Quelson Coelho.
Além disso, a produção de gases está ligada ao tipo de alimento, pois alguns são mais difíceis de serem digeridos. “Alguns tipos de carboidratos são digeridos com mais dificuldade e por isso causam maior produção de gases. São os chamados oligossacarídeos. Se ingerirmos menos quantidade desses alimentos, poderemos diminuir produção e a liberação de gases intestinais”.
Alimentos e hábitos que devem ser evitados para que não haja produção excessiva de gases
O médico cita os principais alimentos que podem ser evitados, tais como feijão, ovos, cerveja, leite, batata, milho, farelo de trigo, brócolis, aspargos, alho, repolho, bebidas gaseificadas, couve-flor e cebolas. Mas não são apenas os alimentos que contribuem para essa maior produção de gases. Há outros fatores envolvidos que também atuam nesse sentido.
“Estresse, falta de exercício físico, constipação intestinal, intolerância à lactose ou ao glúten e alterações da flora bacteriana dos intestinos por uso de antibióticos também, podem causar aumento da produção de gases”, aponta o especialista. Portanto, buscar uma dieta equilibrada e hábitos de vida mais saudáveis, em geral, é a chave para impedir a produção excessiva de gases.
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