A alimentação é a maior responsável pela produção de gases intestinais, também conhecida como flatulência. “A maior parte dos gases intestinais formados é proveniente da fermentação de alimentos pelas bactérias intestinais”, explica a nutricionista Giovana Morbi. A quantidade de gases produzidos varia entre as pessoas, mas o tipo de produtos consumidos é um importante fator de influência.
Fermentação dos alimentos está ligada à produção de gases
Quanto maior é a fermentação dos alimentos no intestino, maior será a produção de gases. “Os alimentos ricos em enxofre favorecem o aumento da flatulência. Entre eles estão maçã, melão, brócolis, couve-flor, alho, cebola, carne bovina, suína e de frango“, afirma a especialista. Queijos, amendoim e bebidas gasosas também ajudam a produzir mais gases.
O feijão é um alimento conhecido por provocar gases, assim como outras leguminosas, como lentilhas e ervilhas. Uma maneira de driblar esse problema é deixar o feijão de molho durante algumas horas, de preferência durante toda a madrugada. Certifique-se ainda de trocar a água e cozinhá-lo bem.
Comer muito rápido e não beber água causam mais gases
O aparecimento do desconforto na região abdominal por causa da presença de gases pode mudar de acordo com o organismo e com o nível de intolerância de cada um. A maneira de fazer as refeições também interfere: “A aerofagia é caracterizada pela deglutição de ar ao comer ou beber e é algo que pode provocar o aumento na produção de gases“, diz a profissional.
É recomendado separar alguns minutos para fazer as refeições com calma para evitar engolir ar e mastigar bem a comida. Não se esqueça de beber água depois de comer, especialmente se houver muitas fibras no prato. Se notar que algum alimento aumenta a flatulência de modo exagerado, evite comê-lo e vá ao médico para buscar uma solução.
Dra. Giovana Morbi é nutricionista formada pelo Centro Universitário São Camilo e atua em São Paulo. CRN-SP: 34076 – http://www.giovanamorbi.com.br/
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