Os gases são formados a partir da digestão dos alimentos ingeridos. Eles são fermentados quando absorvidos pelas bactérias da flora intestinal para serem posteriormente liberados. A quantidade de gases que um indivíduo possui no intestino varia entre 100 e 200ml e o número de eliminações diárias é de cerca de 20 vezes.
Dieta balanceada ajuda a reduzir produção de gases
O tipo dos alimentos ingeridos será determinante para a maior ou menor produção de gases e por isso mesmo uma dieta regrada e bem orientada por um profissional especializado pode ser a chave para evitar o excesso de gases e os incômodos decorrentes dele. Fortes dores no abdômen e no tórax são comuns em quem sofre com o acúmulo de gases.
Como a maior ou menor capacidade de digerir alimentos é uma tendência hereditária, não há como mudar a natureza da formação dos gases no organismo. Contudo, hábitos alimentares saudáveis podem amenizar o problema. Fibras e frutas são essenciais para melhorar a digestão. Cereais, folhas, verduras e frutas como laranja, manga, tomate e caqui são boas opções.
Gases, doenças e medicamentos
O acúmulo de gases também pode ser causado por doenças do sistema digestório. “A atrofia da mucosa intestinal na doença celíaca (intolerância a glúten), doenças inflamatórias intestinais e o excesso de bactérias intestinais, chamada de supercrescimento bacteriano, são alguns exemplos”, comenta o gastroenterologista Stéfano Gonçalves Jorge. “Nos últimos anos estamos aprendendo muito sobre a flora intestinal, e como algumas pessoas podem ter uma flora composta de bactérias que produzem mais gases ou causam doenças”, completa.
O profissional explica ainda que alguns medicamentos podem ser utilizados para reduzir os sintomas do excesso de flatulência, reduzindo a formação de bolhas e facilitando a eliminação dos gases. “Nos portadores de intolerância à lactose, por exemplo, o uso de lactase, uma enzima tomada junto com derivados de leite, diminui a deficiência na absorção”.
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