A asma é uma doença respiratória responsável por mais de 120 mil hospitalizações por ano no Brasil, de acordo com o Datasus, o Departamento de Informática do SUS. Parte das internações é resultado das crises de asma, que fazem os brônquios se inflamarem, impedindo a passagem do ar e provocando tosse, falta de ar e chiado no peito. As crises são desencadeadas pelos chamados gatilhos.
Pelos de animais são gatilhos para crises de asma
Os gatilhos são fatores que geram a irritação nos brônquios. Em certos casos, são substâncias nocivas, cuja chegada até os pulmões é interrompida pela inflamação. “Alguns dos principais gatilhos são ácaros, mofo, alérgenos de baratas, fumaça de cigarro e de queima de lenha ou plantas e pelos de animais domésticos”, cita a pneumologista Flávia Salame.
Alguns alimentos e conservantes, assim como odores fortes, estresse, mudanças bruscas de temperatura, certos medicamentos e até infecções respiratórias, como gripe e resfriado, também são considerados gatilhos. “Esses gatilhos variam em cada indivíduo. É importante que cada pessoa com asma identifique quais são os seus e aprenda a evitá-los sempre que possível”, recomenda a profissional.
Evitar a poluição reduz crises de asma
Quem mora em cidades grandes ou perto de regiões industriais deve ficar atento à poluição ambiental. A fumaça que sai do escapamento de carros e de outros veículos, por exemplo, podem tornar o sistema respiratório mais reativo e propenso a se sensibilizar com outros gatilhos habituais da asma, segundo Flávia. Ou seja, a poluição pode levar a uma perda do controle da doença ou a uma crise.
Para evitar os sintomas da asma, é importante procurar um médico especializado para descobrir quais os seus gatilhos. A partir daí, o pneumologista poderá indicar uma série de medidas a serem adotadas tanto dentro quanto fora de casa, como manter os quartos, ventiladores e aparelhos de ar-condicionado limpos e utilizar medicações que reduzem a resposta inflamatória dos brônquios.
Dra. Flávia Salame é pneumologista e mestre em Doenças Tropicais e Infecciosas, graduada pela Universidade Federal do Pará e atua em Manaus (AM). CRM-AM: 7921 – draflaviasalame.com
Foto: Shutterstock