A queda de cabelo por estresse não é uma associação incomum. Afinal, alguns transtornos psicológicos, como o estresse, a ansiedade e a depressão, podem gerar sintomas físicos, como a perda dos fios, o que gera ainda um impacto na autoestima de quem sofre com algum problema emocional. A dermatologista Kaliandra Cainelli conversou com a nossa equipe para tirar todas as dúvidas sobre essa questão. Confira!
É possível ter queda de cabelo por estresse? A resposta está no cortisol
Segundo Dra. Kaliandra, é muito possível que o estresse cause queda capilar. Essa relação está ligada ao aumento de cortisol no organismo, um hormônio fabricado pelas glândulas suprarrenais. “O estresse aumenta os níveis de cortisol, o que interfere na atividade do folículo piloso, impedindo que ele entre na fase de crescimento”, esclarece a médica.
Porém, como identificar se esse é de fato o motivo que está levando à queda de cabelo excessiva? A relação entre estresse e queda de cabelo também tem características específicas e que podem ser identificadas por quem sofre com o problema. “No geral, a queda de cabelo por estresse ocorre de forma intensa e rápida, envolvendo o couro cabeludo como um todo”, explica a especialista.
Prevenção e tratamento podem ser feitos com hábitos saudáveis
Muitas vezes, a queda de cabelo por estresse pode ser evitada com uma rotina saudável focada no bem-estar, como lembra a dermatologista: “Devemos tentar adotar medidas que reduzam os níveis de estresse, como praticar exercícios físicos regularmente, meditar, dormir bem, adotar uma alimentação saudável, tomar sol com os devidos cuidados e ainda evitar álcool, cigarro e excesso de tarefas”.
Porém, se o paciente já sofre com o problema, como parar a queda de cabelo por estresse? Para Dra. Kaliandra, é necessário verificar se o paciente não apresenta outras causas de queda de cabelo, como a alopecia androgenética e a alopecia areata. Feito isso, é hora de começar o tratamento, que pode envolver o uso de um remédio para queda de cabelo.
“O tratamento envolve reduzir o estresse, verificar se existe alguma outra condição associada e iniciar o tratamento medicamentoso”, destaca a dermatologista. “Isso envolve o uso de shampoo antiqueda ou, se houver caspa, de um shampoo anticaspa, além da ingestão de polivitamínicos para fornecer os nutrientes necessários ao crescimento capilar e medicamentos tópicos e orais específicos capazes de estimular o crescimento dos cabelos e interromper a queda”, indica a médica.
Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia:
https://www.sbd.org.br/dermatologia/cabelo/doencas-e-problemas/efluvio-telogeno/56/