Segundo uma pesquisa conduzida pelo Ministério da Saúde em 2018, 19,8% dos brasileiros têm obesidade, enquanto o excesso de peso atinge cerca de 55% da população. Esses dois problemas de saúde devem ser combatidos de forma séria porque são fatores de risco para uma série de doenças, como a osteoporose. Entenda a relação entre essas condições.
Pessoas obesas podem ter problemas na formação dos ossos
A presença excessiva de gordura no corpo, uma das características da obesidade, atrapalha a produção da massa que compõe os ossos. “Pessoas que têm mais gordura no fígado, tecidos musculares e no sangue têm também mais gordura na medula óssea, o tecido esponjoso dentro dos ossos em que surgem as células responsáveis pela formação óssea”, afirma o ortopedista Fábio Segall.
“Conclui-se, então, que independentemente do índice de massa corporal, da idade ou da quantidade de exercícios físicos que a pessoa diz fazer, a obesidade tem forte influência sobre a osteoporose”, continua o especialista.
Tratamento da obesidade diminui risco de osteoporose
Vale lembrar que os pacientes obesos e que também têm osteoporose estão mais sujeitos às fraturas ósseas. “Pessoas com obesidade têm risco maior de quedas, por exemplo, exercendo, assim, uma força mecânica maior sobre os ossos, aumentando o risco e a gravidade das fraturas”, alerta o médico.
Fazer o tratamento para obesidade é a melhor maneira de evitar o desenvolvimento da osteoporose e diminuir os riscos de fraturas. De acordo com Dr. Segall, as medidas mais importantes são fazer exercícios físicos e manter uma alimentação saudável. Nos casos de pacientes com outros fatores de risco para osteoporose, a suplementação de cálcio e de vitamina D também pode ser indicada, há contudo motivos para se preocupar com alguns alimentos que devem ser evitados por quem tem osteoporose, como: refrigerantes, bebidas com cafeína e álcool.