O maior e crescente número de idosos no Brasil chama atenção para a importância da prevenção e do conhecimento sobre a osteoporose, já que eles compõem o grupo mais suscetível à doença. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 10 milhões de brasileiros sofrem com o problema, o que custou aproximadamente 81 milhões de reais ao Sistema Único de Saúde (SUS), em 2010.
A diferença entre primária e secundária
A osteoporose é dividida em dois tipos, de acordo com sua causa. “Existem osteoporoses primárias, de causas desconhecidas, e existem aquelas secundárias, que surgem por causa de alguma doença”, afirma o ortopedista Eduardo Vieira. A síndrome da má absorção intestinal é uma das doenças que facilita o desenvolvimento da osteoporose, por dificultar a absorção de cálcio, fósforo e vitamina D pelo corpo.
“O uso de corticoides e distúrbios endócrinos, como hiperparatireoidismo e diabetes, insuficiência renal crônica e doenças da medula óssea também são causas de osteoporose secundária”, ressalta Vieira. Há ainda outras doenças envolvidas, como o alcoolismo e tabagismo, além das doenças reumáticas, da imobilização prolongada e do uso de drogas anticonvulsivantes.
Prevenção em primeiro lugar
Para se prevenir, é preciso ainda prestar atenção a outros elementos que tornam um indivíduo mais propenso ao desenvolvimento da osteoporose, como ser magro, caucasiano, mulher e estar no período de vida depois da menopausa. Pessoas sedentárias devem criar um novo hábito e passar a praticar atividades físicas regularmente, já que o sedentarismo também é um fator de risco.
O médico chama atenção para a ideia errônea de que pessoas obesas e com diabetes não podem ter osteoporose. “Obesos com diabetes e com todo o conjunto de problemas associados à obesidade tinham resultados normais no exame da densitometria. Mas mesmo assim, a qualidade do osso era ruim”, explica o ortopedista, complementando que essa síndrome metabólica não deve ser deixada de lado.