Depois de um infarto do miocárdio, parte da musculatura do coração perde sua vitalidade. A partir daí, o organismo tem que se readaptar para tentar manter o funcionamento cardíaco o mais próximo da normalidade. No entanto, o próprio paciente e a equipe médica devem auxiliar na recuperação e na prevenção de um segundo infarto.
Alimentação e atividade física reduzem risco de novo infarto
“A intervenção médica e a prevenção secundária já começam imediatamente durante o próprio atendimento inicial do infarto, que não pode ser considerado um evento isolado, visto que temos uma alta taxa reincidência”, afirma o cardiologista Benjamin Farbiarz Segal. Quem já teve um infarto, tem de forma geral, 10 vezes mais chance de ter um novo evento em comparação a quem é saudável.
“O tripé da saúde envolve medicação, alimentação e atividade física bem orientadas. Quem se compromete a mudar os fatores que dependem do comportamento diário, terá benefícios”, diz o profissional. No dia a dia, as refeições, por exemplo, devem ter uma quantidade equilibrada de gorduras, além de uma diminuição no consumo de sódio e carboidratos. Reduzir o estresse e abandonar o cigarro também são medidas importantes.
Medicamentos são essenciais na prevenção de um segundo infarto
De acordo com o especialista, o uso da medicação começa logo após o infarto. Existem várias classes de remédios, como beta-bloqueadores, antiagregantes plaquetários e anticoagulantes, que junto a procedimentos cirúrgicos, aumentam a sobrevida do paciente, controlam a hipertensão arterial e permitem que ele tenha uma boa qualidade de vida.
Já a prática de atividades físicas só deve ser iniciada quando o cardiologista autorizar, para não colocar em risco a recuperação. Ainda assim, a frequência e a intensidade devem ser controladas. Manter o corpo em movimento é importante para trabalhar a musculatura cardíaca e perder peso, medida essencial de prevenção para quem tem sobrepeso ou obesidade.
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