O tratamento da síndrome de Turner deve ser multidisciplinar, pois exige a atuação de diversos profissionais de especialidades diferentes, já que cada sintoma do quadro demanda um olhar distinto. Assim que o diagnóstico for feito, é muito importante que a paciente inicie o quanto antes o tratamento com todos os especialistas necessários.
Principais especialidades envolvidas no tratamento
“Podendo envolver diversas alterações em diferentes estágios da vida, a síndrome de Turner exige que a paciente tenha à disposição uma equipe multidisciplinar para os cuidados. As principais especialidades são: geneticista, pediatra, endocrinologista, otorrino, cardiologista, psicólogo e oftalmologista. Todos atuam juntos no acompanhamento, identificação de possíveis alterações e tratamento adequado para cada paciente”, informa a endocrinologista pediatra Maria Inês Lioi.
Segundo a especialista, a suspeita diagnóstica da síndrome de Turner pode ocorrer já no pré natal ou pós natal, em avaliação com pediatra ou endocrinologista. Logo em seguida, a criança deve ser encaminhada ao geneticista para confirmação diagnóstica e aconselhamento genético. Assim que o diagnóstico é estabelecido, deve-se iniciar a triagem para possíveis alterações no quadro.
Atuação dos especialistas na recuperação da paciente com síndrome de Turner
A triagem passa, principalmente, por avaliação audiométrica, pelo otorrinolaringologista; avaliação do oftalmologista; avaliação cardiológica, para identificar doenças cardiovasculares congênitas e adquiridas; avaliação do endocrinologista; triagem renal e de hepatologia; avaliação de dentista; e acompanhamento psicológico e das questões neurocognitivas.
“As especialidades envolvidas devem atuar no diagnóstico correto; indicando e executando o tratamento das comorbidades com consultas regulares e acompanhamento do crescimento das pacientes (uso de hormônio de crescimento, assim que necessário e de maneira precoce); desenvolvimento da puberdade; terapia da reposição hormonal e de fertilidade; e identificação de hipertensão e doenças cardíacas no geral. Tudo isso ajuda a melhorar o prognóstico da doença e a qualidade de vida da paciente”, conclui a médica.
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