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A falta de tratamento para a síndrome de Turner pode gerar consequências? Quais?

Cuidados e Bem-estar
Saúde Infantil

19 de outubro de 2023

A síndrome de Turner é uma doença genética que atinge os cromossomos sexuais de crianças do sexo feminino. As meninas afetadas apresentam anormalidades em um dos cromossomos X, que pode estar ausente, parcialmente ausente ou alterado, afetando o desenvolvimento do corpo. Por isso, buscar ajuda médica é muito importante. Entenda quais são as consequências da falta de tratamento para essa condição.

Síndrome de Turner pode causar baixa estatura


Segundo a endocrinologista pediátrica Fernanda André, a ausência de medidas para tratar a síndrome de Turner pode agravar
os sinais clínicos da condição, principalmente a baixa estatura e a disgenesia gonadal (distúrbio no desenvolvimento dos ovários), muito comuns na doença.

A baixa estatura acomete entre 95% a 100% das pacientes com síndrome de Turner. Sem tratamento, a estatura final das portadoras, registrada em curvas de crescimento específicas, varia de 133 a 157 centímetros (em média, 143). Isso representa pelo menos 20 cm abaixo da média da população feminina . Aproximadamente de 95% a 98% das pacientes apresentam deficiência estrogênica crônica devido à disgenesia gonadal. Dessa forma, apenas 10% a 20% das meninas com a síndrome conseguem secretar estrógenos de forma suficiente para que ocorra o desenvolvimento sexual espontaneamente”, alerta a especialista.

De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas divulgado pelo Ministério da Saúde, outras complicações comuns são pescoço alado, tórax alargado com aumento da distância entre os mamilos, tireoidite autoimune com ou sem hipotireoidismo, problemas renais, cardiovasculares e auditivos e até deficiência cognitiva.

Como é o tratamento da síndrome de Turner?


Por ser uma alteração genética,
o tratamento da síndrome de Turner é centrado nas manifestações clínicas e é feito com a reposição de hormônios do crescimento e de estrogênio, para os casos de baixa estatura e disgenesia gonadal, respectivamente, e também pode incluir intervenções cirúrgicas para corrigir as malformações.

Na maioria das pacientes, em momento adequado, deve ser feita a reposição de estrogênios para que se desenvolvam as características sexuais secundárias (mamas e pelos pubianos) e menarca (primeira menstruação), além de atuar no ganho e manutenção da massa óssea. A reposição hormonal feminina deve ter seu início cuidadosamente avaliado pela endocrinopediatra que inicia o tratamento com baixas doses de estrogênio”, explica a médica.

 

Dados do Ministério da Saúde: https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2014/abril/03/pcdt-sindrome-de-turner-livro-2010.pdf

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