Não é de hoje que as principais organizações de saúde ao redor do mundo alertam para os riscos que o cigarro traz ao corpo, não só piorando mas também causando doenças, como câncer de pulmão, laringe e faringe; hipertensão arterial e até mesmo contribuindo para o desenvolvimento da osteoporose. O enfisema pulmonar é outro problema que resulta do tabagismo e faz parte de um grupo de doenças chamado de DPOC.
Enfisema provoca falta de ar e tosse com chiado
“Chamamos de DPOC, doença pulmonar obstrutiva crônica, este quadro de tosse e falta de ar provocado pela bronquite crônica e pelo enfisema pulmonar, associado a alterações no exame de espirometria“, afirma o pneumologista Ciro Kirchenchtejn. As substâncias tóxicas presentes no cigarro são as responsáveis pelo desenvolvimento do enfisema.
Ao serem inaladas, os agentes tóxicos inflamam os alvéolos pulmonares, que se tornam rígidos e aumentam de tamanho, destruindo o tecido pulmonar. Como consequência, o oxigênio não consegue entrar em contato com o sangue, prejudicando o funcionamento dos pulmões e de todo o sistema respiratório. Respiração ofegante, chiado no peito e falta de energia também são sintomas de enfisema pulmonar.
Parar de fumar evita piora do enfisema pulmonar
“O principal tratamento é parar de agredir o pulmão com o cigarro. Mas, hoje temos vários medicamentos e cuidados que prolongam e dão qualidade de vida aos portadores de enfisema”, afirma o profissional. O uso de broncodilatadores de ação prolongada, por exemplo, ajuda a aliviar os sintomas da doença.
No outono e no inverno, devido ao frio e ao acúmulo de poluentes, as crises do enfisema pulmonar podem piorar. “Vale a pena aos fumantes procurar um clínico ou pneumologista para receber orientação sobre como parar de fumar e evitar essas exacerbações”, recomenda o especialista. Além disso, é importante ficar de olho em outras doenças associadas ao tabagismo, como a doença coronariana e os diversos tipos de câncer.
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