Para garantir que a proteção oferecida pelas vacinas seja dada desde a primeira infância, o calendário de vacinação é instituído pelo Ministério da Saúde. Mas você sabe qual é a importância da vacina para as crianças? A imunologista Anete Grumach explica como funciona o calendário de vacinação infantil e esclarece porque é fundamental segui-lo à risca.
O que é um calendário de vacinação? Quais são as doenças prevenidas?
A criação de um calendário de vacina tem como objetivo planejar todas as imunizações necessárias para doenças graves, desde os primeiros dias de vida até a fase adulta. Entretanto, as principais vacinas são oferecidas ainda na infância e existe um motivo para isso! “O calendário vacinal é estabelecido de acordo com a possibilidade de o indivíduo se infectar e desenvolver complicações graves. Também respeita o desenvolvimento da imunidade na infância ou a queda da resposta imune no idoso”, explica Dra. Anete.
Atualmente, de acordo com a imunologista, a oferta de vacinas foi muito ampliada. “No calendário vacinal estão incluídas: vacina BCG, para hepatite B, para o vírus da poliomielite, para difteria, tétano e coqueluche, para hemófilos e meningococos, causadores de meningites e pneumococos também”, afirma a especialista. “Inclui ainda a vacina rotavírus, para sarampo, caxumba e rubéola, catapora e para febre amarela. Este esquema é estabelecido dependendo da idade”, cita Dra. Anete, que também lembra da vacina da gripe, de HPV e de herpes-zóster.
Os riscos de não seguir o calendário de vacinação infantil
“É muito importante manter o calendário de vacinação infantil em dia, fato que infelizmente não tem ocorrido em grande parte da população”, enfatiza a imunologista. “Adultos também precisam rever o calendário vacinal. Não se justifica desenvolver doenças e complicações por infecções chamadas ‘preveníveis’”, lembra a médica. Uma boa dica é ficar sempre atento às campanhas feitas pelo Ministério da Saúde para se vacinar conforme a faixa etária e outras condições.
Caso esse calendário não seja respeitado, as consequências podem ser graves não só para a criança, mas para a população em geral: “Imagine a meningite e os riscos desta doença, que pode ser prevenida com vacinas para meningococo, pneumococo e hemófilos. E o tétano? Um risco que se pode adquirir nas brincadeiras. O sarampo também é uma doença grave e que causa baixa imunidade no indivíduo. E quem não conhece as complicações que a paralisia infantil pode trazer?”
A vacinação completa garante que doenças já erradicadas não voltem a se manifestar. “Todas as vacinas podem proteger as crianças que estão com a imunidade em desenvolvimento”, enfatiza Anete. Logo, completar o calendário de vacinação infantil protege seu filho e todos que convivem com ele.
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