Como o nome sugere, a puberdade precoce é uma condição na qual o período da puberdade, que antecede a adolescência, se inicia antes do normal, ainda na infância. O quadro pode gerar diversas complicações para a criança, fisicamente e psicologicamente. Sendo assim, é importante que os pais busquem junto do pediatra de confiança o melhor tratamento para resolver o problema.
Tratamento da puberdade precoce
“O tratamento da puberdade precoce depende da origem do problema. Nos casos da puberdade precoce central, em que a origem está no sistema nervoso central, é indicado o uso de uma medicação injetável aplicada mensalmente. Esse medicamento bloqueia a liberação dos hormônios que estão provocando o quadro, fazendo com que os sintomas regridam”, informa a endocrinologista pediatra Fernanda André.
Ainda segundo a especialista, as melhoras não demoram a surgir após o início do tratamento. Nas avaliações clínica e dos exames de sangue, feitas três meses após o início da medicação, já é esperado um resultado de resposta ao bloqueio. Mesmo assim, é importante que os pais e os pequenos pacientes tenham consciência que se trata de um processo a longo prazo e que depende de manutenção constante para que o efeito desejado seja obtido plenamente.
“O tratamento da puberdade precoce deve ser mantido até a idade normal para o desenvolvimento sexual e/ou adequação psicossocial ao início da puberdade. Ou seja, até a faixa etária em que a puberdade normalmente ocorre. A manutenção também deve se dar até os ossos atingirem a idade máxima de crescimento, que é de 12 a 12,5 anos, no caso das meninas, e de 13 a 13,5 anos, no caso dos meninos”, explica a médica.
Outras abordagens de tratamento
De acordo com informações veiculadas no portal da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), após a criança atingir a idade adequada, deve ocorrer a suspensão das injeções para que o corpo possa seguir seu desenvolvimento naturalmente – desta vez na hora certa. Em alguns casos, pode ser necessária a realização de uma cirurgia para remover a causa do problema. Também há casos em que nenhum tratamento é indicado, além do acompanhamento médico.
Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP): https://www.sbp.com.br/especiais/pediatria-para-familias/desenvolvimento/puberdade-precoce/
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