A puberdade precoce é definida pelo aparecimento das mamas ou pêlos pubianos antes dos 8 anos em meninas e dos pêlos pubianos ou aumento do volume testicular/comprimento do pênis antes dos 9 anos nos meninos. Outro sintoma característico do quadro é a baixa estatura. Para combater o problema, as crianças precisam se submeter ao tratamento adequado.
Consequências da falta de tratamento
“A falta de tratamento pode gerar inúmeras consequências para o paciente com puberdade precoce, tais como altura abaixo da expectativa (tendo em vista que a parada do crescimento também acontece mais cedo). Homens não tratados terminam com uma média de altura entre 151 e 156 cm, enquanto as mulheres ficam entre 150 e 154 cm”, explica a Dra. Maria Inês Ayres Lioi, endocrinologista pediatra.
Ainda segundo a especialista, os pacientes também podem sofrer com repercussões na esfera emocional, quando o tratamento não é feito. O fato das crianças se perceberem muito diferentes das outras, com altura e formas não condizentes com sua idade, pode levá-las à depressão, comportamento anti social, transtornos alimentares, dentre outros problemas.
“Outros problemas possíveis neste contexto: precocidade no início da atividade sexual, gravidez indesejável, abuso sexual e maior risco de câncer de mama e testículo. Já há estudos evidenciando um maior risco de desenvolvimento de diabetes melito, hipertensão arterial e doença cardiovascular em pacientes com puberdade precoce”, complementa a médica.
Tratamento contra puberdade precoce
Em casos de aparecimento dos sinais clínicos da puberdade precoce, é fundamental que os pais procurarem especialistas para avaliação clínica e realização de exames (se necessários) de seus filhos. Se confirmada a puberdade precoce, o médico deve avaliar a causa e a necessidade de tratamento específico – o qual pode se valer do uso de medicamentos.
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